Pedro e Joana viviam com os ex-companheiros. Ele voltou para casa dos pais, ela só viu solução no Alentejo
Dois jovens perto dos 40 anos dão rosto ao último episódio da série documental “Cidades para Quem?”, um trabalho original da Mensagem que questiona os direitos de quem vive na Área Metropolitana de Lisboa – na primeira temporada, sobre a rede de transportes públicos, agora sobre a crise na habitação.
Como a “cidade dos 15 minutos” se tornou campo de batalha e palco de teorias da conspiração
O descarrilamento de um comboio que resultou num desastre ambiental alimentou uma teoria nunca antes ouvida sobre o conceito urbanístico de proximidade que Paris nos ensinou: a cidade de 15 minutos. Da Europa à América, o tema está no centro da discórdia política e motiva acusações de tentativa de controlo da liberdade de movimento. Este sábado, é também o tema da 2ª edição do Conselho de Cidadãos de Lisboa.
Restelo. Vizinhos foram ouvidos e os planos mudaram, mas projeto de renda acessível “está preso” por relatório da Câmara que não sai
A publicação do relatório da última fase de consulta pública estará a condicionar avanço do projeto que previa habitação de renda acessível nesta zona. Vizinhos de Belém garantem que a resistência da população ao projeto “decresceu”, mas o presidente da Câmara Municipal de Lisboa fala em “percentagem significativa de contributos de oposição ao projeto”.
Casal do Pinto: pode um terreno nas Olaias, baldio, cobiçado e rodeado de bairros sociais, ajudar a resolver a crise da habitação em Lisboa?
Já lá vão anos desde que se ouviu falar de um novo projeto de habitação para o terreno onde foi o velho Casal do Pinto, bairro de autoconstrução, mas nada aconteceu. A nova Carta Municipal de Habitação da CML prevê agora uma intervenção neste espaço. Se for mais um bairro social, os moradores à volta deste terreno creem que só agravará os problemas. Se não for? “Aí pode ser a nossa salvação.”
As promessas de um rooftop
Foi assim que acabei a trocar umas mensagens com um tipo modernaço que, chegado a Portugal da Ucrânia, parecia ter um plano para revolucionar tudo e que procurava uma creative manager para um linguistic project. O plano era criar robots que fingissem produzir conversas. Lá me chamou, achei eu, para uma entrevista. É aqui que entra o rooftop.
Valete, o audiobook intemporal que me faz gostar de Lisboa
Da Damaia para o mundo, aquele rapaz que um dia quis ser jogador de futebol honrou os seus heróis com “Bola de Ouro” e trouxe a fadista Mara ao palco numa atuação que me fez gostar outra vez de Lisboa.
Gosto da CP, de sindicatos e de greves. Mas custa
Comecei a andar de comboio há praticamente um ano, desde que fiquei sem carro. Se não fosse a CP, não sei como teria conseguido continuar a trabalhar em Lisboa. Não há alternativa direta. Quando os comboios funcionam, a minha experiência é que funcionam a horas e muito bem. A CP foi a minha salvação pública.
O PREC Habitacional e o 11 de Março
A consulta pública do plano do governo termina a 10 de Março e coincide com a véspera de uma efeméride do verdadeiro PREC – o 11 de Março, dia do golpe falhado de António de Spínola. É possível que no 11 de Março de 2023 vejamos também um golpe falhado.
Há 26 novas placas em Lisboa para mostrar que “Chelas é o Sítio”. A luta de cinco amigos pelo nome que outros “querem apagar”
A primeira reportagem em parceria com a RDP África – a partir de agora, de 15 em 15 dias, as histórias das comunidades da cidade. como a da nova sinalética que representa anos de luta contra a má fama dos bairros de Chelas.
Ouça aqui o podcast “Lisboa em 2 minutos” – histórias de Lisboa contadas todas as semanas na Rádio Amália:
Quem conta as casas devolutas?
A reabilitação urbana de Lisboa, alimentada pelo sucesso da cidade como destino turístico, terá criado a impressão de que o problema das casas devolutas está resolvido. Mas basta andar pelas ruas para deparar com uma casa abandonada.
Histórias da Praça do Império
Blues de Porto Brandão
Soube que o lazareto de Lisboa foi comprado por investidores chineses que contam transformá-lo num hotel. E isso bastou para projectar sobre Porto Brandão a sombra da gentrificação.
Brasileira homenageia o Chiado e as suas figuras com novas toalhas de Nuno Saraiva
As novas toalhas de papel da esplanada d’A Brasileira foram desenhadas por Nuno Saraiva e são o retrato dos famosos e anónimos que fazem o colorido mosaico dos frequentadores de um dos pontos obrigatórios de passagem da cidade de Lisboa.
Um passeio pela Lisboa Judaica, seguindo “O Último Cabalista de Lisboa” de Richard Zimler
A Mensagem acompanhou uma visita pela Lisboa Judaica pela professora Andreia Salvado a partir do livro de Richard Zimler, recordando o Massacre de 1506.
Em Lisboa, as mulheres sobem aos andaimes, pintam a cidade e desfazem preconceitos
O mural “Linguagem das Flores” de Jacqueline de Montaigne foi eleito um dos 100 melhores murais de 2022 pela Street Art Cities. Foi o único em Portugal. A história dela e de Mariana, Daniela e Patrícia contam esta paixão citadina, uma forma de desconstruir preconceitos de género. Lisboa é atelier a céu aberto para estas quatro muralistas.
Ivo Canelas está há quatro anos a mostrar Todas as Coisas Maravilhosas do mundo. Esta é a lista que faria para Lisboa
Pela quarta temporada, Ivo Canelas volta a esgotar salas com “Todas as Coisas Maravilhosas”, a história do menino que faz uma lista de todas as coisas que mais adora no mundo para ajudar a mãe a combater uma depressão. Mas o que tem a dizer o ator sobre todas as coisas maravilhosas da cidade onde nasceu, ouviu ópera pela primeira vez e aprendeu a adorar turistas?
Almadense: o guardião da Margem Sul traz boas notícias do jornalismo local
Há três anos, o Almadense tem contrariado a realidade imposta pela crise no jornalismo graças à dedicação da até então sua única jornalista, Maria João Morais, uma trasmontana que elegeu a Margem Sul para viver e contar suas histórias.
O que fazer para respeitar os direitos e necessidades das pessoas com mobilidade reduzida?
A Mensagem e a DECO disponibilizam um explicador sobre como evitar preocupações e discórdias no seu prédio ou bairro. Hoje, responde a duas questões acerca de acessibilidade e direitos das pessoas com mobilidade reduzida.
Três iranianos em Lisboa
Solmaz, iraniana, fã de Amália, com os cabelos ao vento: “Lisboa deu-me liberdade”
O que sente uma jovem iraniana a viver em Lisboa? “Revolta e dor. Fugi porque o Irão é uma prisão a céu aberto”, diz Solmaz, a iraniana de 29 anos que vive em Lisboa desde 2018. Em luta contra a República Islâmica, para que mais nenhuma iraniana se sinta “prisioneira”, tenha de “fugir” e deixar a família, como ela própria fez.
Reza encontrou o “céu da liberdade” em Lisboa: “Se pisar o Irão sou preso por ser homossexual”
A frustração de viver sem poder ser quem é trouxe Reza a Lisboa, em 2017. Aqui sonha construir uma família, algo impossível no Irão, onde a homossexualidade é punida com pena de morte. Hoje, Reza luta a partir de Portugal, porque “a revolução iraniana tem as mulheres como principal figura, mas é para todos”.
Tina Sabounati, a voz das mulheres iranianas em Lisboa: “No Irão está a acontecer a maior revolução feminista deste século”
Chegou a Lisboa há uns meses, para fazer da cidade casa. Agora é a líder do movimento de apoio à luta das mulheres iranianas. Mãe solteira, luta pela mãe, pelas amigas e pelo seu desejo de regressar a casa.
Cidades para Quem? Parte I – Mobilidade
Vivem como imigrantes ilegais no país onde nasceram, Portugal. “Mandaram-me para Angola, mas eu não conheço aquele país, nunca saí daqui”
Não podem ter um contrato de trabalho, até fazer os exames nacionais na escola, e vivem sujeitos à ameaça de ser deportados para um país que nunca conheceram. Ainda que a lei da nacionalidade esteja em mudança há meio século, a tornar-se mais aberta, nada mudou para muitos daqueles nascidos em Lisboa e a quem nunca foi cedida a nacionalidade portuguesa.
À procura de Roger Kahan, o judeu que Lisboa esqueceu
Roger Kahan, conhecem? É natural que não. E mesmo assim a passagem por Lisboa, nos anos 1940, deste judeu, importante fotógrafo de cinema em Paris, ficou documentada em fotografias comoventes. Lisboa foi o pivot de uma história que havia de continuar no Brasil, Nova Iorque, Haiti, Roma, Israel… Kahan foi fotógrafo de revistas de charme e inspirador de um grande romance. Uma longa investigação para ler com tempo.
Aqui Podia Haver Árvores. Os lugares desertos de Lisboa à espera de plantio e de verde
Existem em Lisboa muitos lugares à espera de árvores, essenciais para combater o aquecimento global ou minorar-lhe os efeitos. Em Aqui Podia Haver Árvores, António Araújo mostra alguns desses lugares. Muitos outros haverá e, por isso, convidamos os leitores a participar, enviando-nos as suas sugestões e imagens, com a respectiva localização.