A Comissão Nacional da UNESCO e a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros decidiram distinguir a reportagem “‘Esta casa salvou-me’. Ilda e Jorge fizeram do bairro Padre Cruz o abrigo de mulheres migrantes com cancro da mama“, da autoria da jornalista Catarina Reis, com o Prémio de Jornalismo Direitos Humanos & Integração da UNESCO.
Entre as 121 candidaturas, a reportagem da Mensagem foi premiada duas vezes: na categoria de Imprensa Regional e Local e na categoria de Imprensa Escrita (prémio atribuído ex-aequo com a reportagem “As grades não fazem a prisão”, de Maria João Bourbon, publicada na Revista do Expresso).
“É um prémio de jornalismo, sim, mas hoje celebramos também um exemplo de cidadania. A Mensagem tem o privilégio de se demorar nos sítios onde vai, de se aproximar o suficiente para saber bem aquilo de que fala e tem como grande missão o jornalismo de soluções, o jornalismo que não faça o leitor sentir-se impotente, mas ativo na vida da sua cidade. Às vezes, essas soluções não são políticas, estão nos nossos vizinhos, como na Ilda e no Jorge”, disse Catarina Reis, na cerimónia de entrega dos prémios, que decorreu esta segunda-feira, dia 11 de dezembro, no Palácio das Necessidades, sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Esta história passa-se num bairro de Carnide, onde várias mulheres encontraram abrigo. Vindas de Angola e Cabo Verde, traziam na bagagem um diagnóstico: cancro da mama. A dada altura, a escolha era viver na rua ou voltar à origem. Até que dois moradores do bairro Padre Cruz, Ilda e Jorge, salvaram-lhes a vida com uma casa, a da paróquia, ao abandono.
As fotografias são da autoria de Rita Ansone.
O júri foi composto, nesta 18.ª edição, por Guilherme d’Oliveira Martins (jurista, político e atual administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian), Rita Figueiras (investigadora na área da Comunicação Política) e Francisco Sena Santos (jornalista).
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“Esta casa salvou-me’. Ilda e Jorge fizeram do bairro Padre Cruz o abrigo de mulheres migrantes com cancro da mama“