O nome dela era Ana. Ana era viúva e apontada como “indigente” – denominação dada aos sem-abrigo na altura. E, em 1852, tornou-se a primeira mulher a ser internada no hospital psiquiátrico Rilhafoles – entretanto conhecido como Hospital Miguel Bombarda, em Arroios, o primeiro hospital psiquiátrico português. Também chamado pelos seus doentes de “casa amarela”.
A doença de Ana era não ter onde morar. Hoje, seriam muitos como Ana, punidos pela psiquiatria pelo facto de terem o céu de Lisboa como teto.
Ana seria apenas um de 66 mil nomes chegados ao Miguel Bombarda, durante os quase 200 anos de existência: como José Júlio Costa, assassino de Sidónio Pais, e Ângelo Lima, poeta da geração Fernando Pessoa.

E, em 2011, ouviram-se os últimos nomes.
Nos dias finais, já só sobravam 24 residentes para se despedirem do Hospital Miguel Bombarda, depois transportados para o Hospital Júlio de Matos. “Quando se soube que eles tinham de sair, muita gente entrou em estado de choque. Houve um senhor que disse: ‘Quando isto vier abaixo, enterrem-me debaixo dos escombros’.” O relato é de Catarina Gomes, jornalista e escritora que gravou em reportagens e, depois, na obra “Coisas de Loucos”, o que sobrou destes escombros, entregues à Estamo, empresa de gestão dos imóveis públicos.
163 anos de história, encerrado há 12, entretanto classificado como Imóvel de Interesse Público, e há anos alvo de teorias a respeito do seu futuro – ora hotel, ora alojamento para pessoas em situação de sem-abrigo.
Agora, as portas do hospital preparam-se para abrir e receber novos inquilinos: um pólo cultural organizado pela cooperativa Largo Residências – até dezembro a ocupar o Quartel da GNR Cabeço da Bola, onde chegaram em 2022. A cooperativa está em negociações para ocupar, temporariamente, parte do Bombarda. No lugar dos devaneios e das batas brancas, vai surgir cultura de todos os feitios.
O nascer da “casa amarela” de Arroios
Erguido numa das sete colinas de Lisboa em 1717, o atualmente conhecido como Hospital Miguel Bombarda começou por ser um convento fundado pela Ordem dos Oratorianos (ou Congregação do Oratório), quando adquiriu o nome de Rilhafoles, Convento de Rilhafoles – por estar numa quinta com esta denominação.
Após o terramoto que abalou Lisboa em 1755 e que obrigou a cidade a toda uma nova restruturação, o convento de Rilhafoles não escapou ileso. E, embora depois recuperado, os religiosos, quase um século após a ocupação, acabaram por abandonar o edifício, que logo deu lugar a um colégio militar, em 1835.
Mas o país e a cidade começaram a dar sinais da necessidade de tratar o que, na altura, se associava às doenças mentais.
Então, em 1842, D. Maria II nomeia um local para tratamento dos chamados “alienados”. Seis anos mais tarde, em 1848, por iniciativa do Ministro do Reino, Marechal Duque de Saldanha, foram encaminhados pela primeira vez doentes do foro psicológico para o Rilhafoles, anteriormente amontoados em enfermarias no Hospital São José, em condições precárias.
O Rilhafoles deu o mote para uma nova vida na psiquiatria em Portugal, e uma história da qual o reconhecido psiquiatra e escritor António Lobo Antunes exerceu.

À época, tanto em Portugal como no resto do mundo, os métodos de tratamento de doenças psiquiátricas eram marcados pela desumanização e pela crueldade que infligiam àqueles que lhes eram submetidos. A terapia por meio de choques elétricos era algo recorrente e utilizada de um modo desmedido.

Além disso, outros métodos, como infetar com malária os doentes, de forma voluntária, a lobotomia (o processo de extração de uma parte do cérebro) ou a hidroterapia (ato de submergir os doentes em banheiras de água quente e fria), também eram utilizados nos hospitais do século XIX e começo do século XX.
Com a entrada de Miguel Bombarda, médico, cientista, professor, político republicano português e o homem que veio a dar nome a este hospital, novos métodos de tratamento foram implementados. Como a chamada terapia moral: acreditava-se que, se os pacientes fossem mantidos ocupados num espaço agradável e com fortes recursos ao verde, isso seria benéfico para eles. Isto porque era frequente associar-se a desocupação a uma maior possibilidade de desencadear complicações.
Por isso é normal encontrar, nos arquivos fotográficos, imagens de doentes a trabalhar na terra.

Mas o hospital já tinha nascido como uma estrutura rígida, fechada. O edifício ficou conhecido como o pavilhão panóptico, inaugurado em 1896, quatro anos após Miguel Bombarda assumir as rédeas do hospital. Foi a criação, arquitetonicamente falando, de maior relevo deste lugar: construído de um modo circular, rigorosamente simétrico e com uma torre de observação no seu núcleo. Inspirado no modelo de prisão ideal concebido pelo filósofo Jeremy Bentham, em 1785, consiste na ideia de causar uma sensação de observação constante aos presos, através da torre circular que oculta quem os vigia.
Este pavilhão albergava pessoas consideradas inimputáveis que chegavam ao hospital. Alguns doentes permaneciam no recinto, sem hipótese de circular livremente por questões de segurança.

Acabaria por ser o próprio médico Miguel Bombarda uma das histórias mais trágicas do então Hospital Rilhafoles: ele que morreu na antevéspera da Instauração da República, a 3 de outubro de 1910, assassinado por um antigo paciente, o tenente Aparício dos Santos, considerado “incurável”.

Mas nem toda a história do hospital é contada em dor e violência.
Carinhosamente batizada de “a casa amarela” por quem lá passou, há boas memórias num lugar considerado “de loucos”. Como as de Margarida Campos, ex-médica do hospital. “O meu filho bem se lembra que foi no pátio traseiro do hospital que ele tirou as rodinhas da bicicleta com a ajuda de um dos residentes. Ele dizia-lhe: ‘vou tirar-te as rodinhas, eu agarro-te ao início e depois vou largar-te para andares sozinho, pode ser?’.”
Margarida lembra um entre muitos nomes: Valentim, “um doente que estava no pavilhão de segurança”. “Ele estava sempre a pedir-nos roupa para coser. Bordava, tricotava, fazia rendas… Era muito carinhoso, quer comigo, quer com as crianças”, relata.
Os sem nome
Mas talvez nem encontremos Valentim nos registos do hospital.

Ao contrário daquilo que se via na maioria dos livros de admissões da instituição, a chegada de doentes como Ana marcou a história deste hospital: ela entrou com um nome, uma identidade, e não apenas um número, como parecia ser regra.
Nas páginas empoeiradas dos registos hospitalares, identificavam-se inúmeras pessoas sem nome, descritas apenas pelo género, por vezes com maiúscula, outras tantas com minúscula.
A acompanhar a identidade do internado, surgiam alguns dados e apontamentos médicos:
“Homem, admitido a 10 de Setembro de 1898 às 6 da tarde”
“Idade estimada: 20 anos”
“Trazido pela polícia”
“Agitação furiosa”
“Acções desonestas”
“Entrada urgente”
“Curável”
“Observações: Idiotismo profundo. Mutismo. Tranquilidade”.
Assim chegadas, as pessoas eram despidas, postas em uniformes e separadas dos seus bens, separadas do mundo que correram lá fora. Um ritual só abolido apenas nos finais do século XX.
“Eles não fazem mal a ninguém, mãe”
De coração apertado Foi desta forma que, em 1972, Margarida Campos disse adeus à sua terra natal, Moçambique, para rumar a Lisboa. Ainda com as memórias da guerra colonial bastante vívidas, Moçambique atravessava um período de grave instabilidade política. Foi com os olhos postos num futuro mais próspero que Margarida, na época com 24 anos, viu o sonho de terminar o curso de medicina a chamá-la para Portugal.
De diploma na mão e contra a vontade da mãe, em 1978, Margarida elegeu o Hospital Miguel Bombarda como o local para tirar a sua especialidade em psiquiatria.
“Quando fui pela primeira vez ao Miguel Bombarda, fui arrumar o carro no estacionamento e apareceu um doente que me dizia: “pode ir, pode ir, pode ir”. A certa altura, bato com o meu carro na parede, quando ele me diz: “Pronto, já bateu. Está muito bem arrumadinho”. E vem uma enfermeira a correr e pergunta-me: “então, confiou nele? Esquece-se que ele é maluco?”

Para Margarida, não eram apenas “os malucos”.
Quanto mais o tempo passava, mais era o carinho sentido pelos residentes. Carinho que era transversal aos seus dois filhos, Pedro e Paula, com quatro e um ano, respetivamente. “Os meus filhos adoravam ir lá. Adoravam os doentes. A minha mãe achava um verdadeiro horror, porque eram todos malucos, e que era perigosíssimo, e que podiam fazer mal aos meus filhos. E eu dizia-lhe: ‘Eles não fazem mal a ninguém, mãe. Eles estão medicados. Quem faz mal são as pessoas que andam na rua’”, sorri Margarida ao lembrar-se.
Aliás, conjugar uma vida de psiquiatra a cumprir o internato com as tarefas de mãe poderia ter sido mais difícil, se não fosse exatamente a cooperação e entreajuda total dos próprios residentes, doentes, do hospital. “Havia uma doente que sempre que via os meus filhos beijava-os e mimava-os de cima a baixo. Era uma doente considerada perigosa, com acessos de fúria, mas nunca vi nada disso. Era amorosa com os miúdos.”

Um dia, esta relação foi marcada por um doente, Júlio (nome fictício), e que surpreendeu os próprios colegas de trabalho de Margarida. “Houve várias vezes em que eu levava a minha filha lá para o hospital e deixava-a no carro a dormir a sesta. Havia um doente epiléptico a quem eu perguntava se ele poderia ficar a dar um olhinho à Paulinha. Ele dizia-me sempre: ‘ó senhora doutora, é uma honra’. Isto sendo um doente que eles diziam que tinha crises agressivas. Ele ficava com a minha filha no carro e nunca lhe fez mal algum. Quando ela acordava, pegava nela e vinha trazer-me à enfermaria”, narra a médica com a voz embargada.

Nove anos após ter dado entrada nesta aventura no Hospital Miguel Bombarda, eis que, em 1987, a psiquiatra abandona as instalações, os colegas e os doentes.
Hoje, com 75 anos e mais de uma década após o encerramento das funções, Margarida revela guardar um espaço especial na sua memória para este período da sua vida. “Foi um tempo extraordinário aquele que passei no Miguel Bombarda.”
“‘Eu cometi três homicídios.’ Contava-me aquilo com uma grande naturalidade na voz”
O primeiro dia de António Gamito ao serviço do hospital foi um golpe de sorte. Foi chamado para auxiliar num serviço de pensionistas, uma tarefa considerada privilegiada – isto porque estes doentes eram oriundos de classes mais altas, como militares e licenciados, o que lhes permitia receber uma atenção e um tratamento personalizado, contrariamente à maioria dos doentes.
Mas nem era ali que mais gostava de estar. Era sentado nos bancos castigados pelo tempo que ladeavam o pavilhão de segurança do hospital que António Gamito Gomes, mais conhecido como “enfermeiro Gamito”, passava as suas horas vagas entre turnos. E tantas dessas horas dedicadas a ouvir os doentes.
“Conversava com imensos doentes. Havia um que me falava dos seus delírios. Um doente sentava-se ali ao meu lado e começava a contar-me as suas coisas: ‘eu cometi três homicídios’. E contava-me aquilo com uma grande naturalidade na voz. Os homicídios eram bem reais, já as suas motivações eram sempre fruto de alucinações, envolvidas no seu delírio. A doença é isso.”
Natural de Grândola, António entrou na família Bombarda com apenas 18 anos, em 1960, período coincidente com a eclosão da guerra colonial, iniciada em 1961. Com o envio dos combatentes portugueses para as colónias, o investimento do Governo centrou-se cada vez mais na aquisição de arsenal bélico. Como tal, a já fraca importância atribuída ao Hospital Miguel Bombarda por parte do regime, devido à área científica em que se inseria, aliada aos desenvolvimentos da guerra, via-se a decrescer a olhos vistos.
E isso o “enfermeiro Gamito” sentiu na pele.
“Um período tremendo de miseráveis condições de trabalho, de alimentação, de tudo. As condições já eram relativamente degradadas e o investimento nesta área foi sempre muito discriminado. Os doentes estavam meio abandonados. Andavam sozinhos por aquela cerca, deitados no chão, fardados como se fossem prisioneiros de um campo de concentração. Era um cenário miserável”, lamenta.
Quando a liberdade atravessou os muros do hospital
“Grândola Vila Morena” ainda ressoava nos ouvidos dos portugueses. E com Portugal, também o Hospital Miguel Bombarda começou a transformar-se após o 25 de Abril de 1974. “Depois do 25 de abril, deu-se uma setorização da psiquiatria, que já estava a transpor os muros do hospital. Sempre houve algum apoio, mas em termos de organização foi o pós-25 de Abril que permitiu que se desenvolvesse”, lembra Gamito.
Além disso, as próprias condições dos doentes sofreram várias modificações e melhorias: conquistaram o acesso a novos medicamentos, a uma melhor alimentação, a melhores instalações e foi lhes permitido reaver parte do seu passado através das suas próprias peças de vestuário.
Foi um processo gradual e progressivo, mas o facto é que as vestes grossas e uniformizadas confeccionadas na oficina de tecelagem do hospital foram deixadas no passado sombrio da instituição.
Degrau em degrau, o auxiliar de enfermagem psiquiátrica António Gamito viria a alcançar o posto de enfermeiro chefe da oitava enfermaria. Foram cerca de 35 anos aqueles que dedicou ao hospital e aos seus doentes.
Entre jantares de Natal e horas de lazer despendidas com determinados residentes, os laços que uniam António à família Bombarda estavam bem fortalecidos. “A gente cultivava lá uma horta dentro do hospital. Aquilo era abandonado e nós tornamos aquilo numa espécie de reforma agrária. Com esses doentes, eu tinha uma relação de verdadeiro companheirismo.”
Contudo, em retrospetiva, o ex-enfermeiro, hoje com 81 anos, pensa: “Eu gostaria de ter feito melhor, ter feito melhor por alguns doentes que foram meus companheiros”.
A mulher que resgatou as memórias que ninguém quis
Catarina Gomes lembra uns “armários velhos com umas fotografias de antigos doentes” no hospital. Nos retratos, via “doentes com ar de sobreviventes do holocausto”, “os ricos fardados, os pobres despidos, de cabelo rapado”.
E não era só uma questão de classes. Era também de género. A autora da obra “Coisas de loucos” descreve-o bem:
“As mulheres tinham uma existência muito mais triste que a dos homens. Os homens viam-se ao espelho, porque faziam a barba, já as mulheres não podiam. Nas fotografias veem-se mulheres despenteadas e mal arranjadas. Elas não eram autorizadas a circular e a sair com medo que engravidassem. Enquanto isso, os homens tinham muito mais liberdade de circulação”.
António Gamito recorda como estas diferenças se dissiparam: eram organizadas festas, bailaricos, jogos e os utentes de ambos os sexos puderam interagir de forma mais livre entre si. “Pouco a pouco foi-se desmistificando essa separação. Havia até namoricos.”
Mas foi mesmo o fim desta vida no hospital, o seu fecho em 2011, que impulsionou a jornalista Catarina Gomes a mergulhar nos arquivos desta instituição: objetos e documentos deixados pelos antigos doentes. “O que me pareceu foi que a história do Bombarda estava completamente centrada nos médicos. Achei aquilo super entediante. Na história de uma instituição pela qual passaram milhares de pessoas, onde morreram milhares de pessoas, porque é que não havia a história sobre as pessoas?”, questionou-se.
A autora foi uma das últimas pessoas que não exerceram no hospital e que tiveram a oportunidade de interagir com os últimos residentes da instituição, antes de serem enviados para lares de apoio ou para outros hospitais psiquiátricos.

“Muitos deles já não falavam. Estavam muito virados para eles mesmos, depois de uma vida já muito calada. Houve sobretudo um senhor que foi o meu guia dentro do hospital, que vivia lá há uns 30/40 anos e que me dizia: ‘estes são os gatinhos dos quais eu tomo conta; aqui havia uma cresce; aqui era onde fazíamos as festas de passagem de ano’. Tudo coisas que já não existiam, que só existiam na cabeça dele”, relembra.
“Para nós o manicómio é uma coisa negra, mas para eles era a sua casa.” Por esse mesmo motivo, toda a operação de extração dos últimos residentes do Miguel Bombarda não foi bem recebida por muitos.
“Os doentes foram transferidos sem grandes preocupações, transferidos para sítios onde não havia condições de tratamento. Até mesmo dentro do próprio hospital eles se descompensavam quando eram transferidos de uma enfermaria para outra”, António lembra aqueles dias.
Considera que a transição dos doentes, a forma como se viu o fim do Miguel Bombarda a acontecer foi até “criminosa”. “Aceleraram o número de óbitos, foram transferidos doentes para lares e para o Júlio de Matos e isto de desinstitucionalizar os doentes foi feito à bruta, o que os desestabilizava. Não me parece que tenha sido positivo para a assistência psiquiátrica no país o encerramento do hospital. Criminosa talvez seja um termo exagerado, mas sem dúvida, foi feito de uma maneira completamente desumana.”
O que será agora da velha “casa amarela”, o antigo hospital para onde se projeta um hotel e um novo pólo cultural na cidade?

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Um comentário apenas. O Valentim, como é aqui referido é o bailarino Valentim de Barros, figura maior do bailado português, reconhecido e até galardoado internacionalmente. Homem de muitos talentos efectivamente, bordava, criava design de tecidos a partir de outros, pintava, entre outras coisas.
Num país tão avesso ao reconhecimento dos seus vultos culturais, pelo menos que seja feita alguma justiça a um homem, de facto perseguido e internado por causa da sua homossexualidade.
Boa tarde, Carlos
Vamos confirmar com a entrevistada se ela se estava a referir a este Valentim de quem fala.
Obrigada pela nota!
Gostei muito do artigo sobre o Hospital Miguel Bombarda. será possível entrar em contacto com a jornalista e escritora, Catarina Gomes, que coligiu memórias sobre este lugar? É que eu escrevi um livrinho, baseado num encontro com o escritor António Lobo Antunes, e deixei ali impressas memórias dele sobre este lugar. Gostava de lhe dar a ler esse testemunho.
Enche me de alegria saber como estes trabalhos jornalísticos cheios de humanidade e de histórias de pessoas, de vidas de objetos, de pertences me permitem pensar que ainda há futuro para o jornalismo.(obrigado pelo trabalho e pela esperança que me trás.
Grau de Chefe de Serviço Hospitalar de Psiquiatria, aposentado em 03-2005, TMN 968040613. Em actividade clínica atual de terapia e psiquiatria não medicamentosa. No Programa de TV Visita Guiada, de Paula Moura Pinheiro, enviei um comentário até longo de apreciação certa, não exaustivo q.
dediquei ao falhanço na assistência geral a
Internados agudos e residentes. Baseada em procedimentos e fundamentos desumanos e desusados, de mentes que desconhecem o q ao coração diz respeito. O programa focou-se no Pavilhão Panóptico de Segurança. Claro q
Paula Moura Pinheiro não deu resposta ao q.
comentei. E, se António Gamito referiu algo do que se passou de facto no HMB muito foi ocultado. Tem outro irmão enfermeiro que se licenciou em Direito. Com o Rui Correia e outros eram do Sindicato de Enfermeiros Sul e Ilhas. Aguardo Sr Jornalista Tomás Delfim o seu contacto pelo Facebook ou e-mail. Não sou apreciador de crucificações.
Nem tudo foi mau. O meu avô transformou Rilhafoles no Hospital Miguel Bombarda que chegou a ser um modelo de Hospital psiquiatrico. A CML atribui-o o nome da Rua ao meu Avô. Manuel Almeida Amaral.
O meu marido era bisneto do Professor Doutor Miguel Bombarda e foi lá enfermeiro, fiquei a saber aqui tbm muitas infelicidades, ele chegava a ir buscar doentes para saírem e trazia os aqui a casa, para passarem o dia.
Adorei…. Não fazia ideia de toda a história do Miguel Bombarda….
Que a história nunca se esqueça achei interessante. Assisti a uma situação muito caricatura aquando de uma visita a um doente . parabéns.