O Jardim da Parada está no centro da vida do bairro de Campo de Ourique. Às 11 horas de uma quinta-feira de verão não deixa de notar-se o buliço em cada um dos seus cantos: há crianças no parque infantil, pessoas que passeiam e que se sentam a ler e há também conversas entre vizinhos, audíveis na esplanada do quiosque. Este é o principal e mais frondoso espaço verde e de encontro da freguesia de mais de 22 mil habitantes. E talvez quem por aqui passa nem repare: na malha urbana ortogonal do bairro, o jardim ocupa um quarteirão inteiro.

Por isso é que, no meio da discussão pública sobre a chegada do metro a Campo de Ourique, em setembro do ano passado, surgia a proposta de um grupo de cidadãos de transformar esta área num superquarteirão.

Agora, durante nove dias, de 9 a 17 de setembro, o superquarteirão vai ser testado aqui, em ambiente real. A iniciativa partiu da proposta de um grupo de cidadãos e colheu o apoio da Junta de Freguesia de Campo de Ourique e da Câmara Municipal de Lisboa, que, em dois domingos de junho e julho, começaram a testar o esquema de circulação.

Na fotografia, estão a algumas das pessoas que apoiam a proposta. Da esquerda para a direita: Mário Alves, presidente da Estrada Viva, Rita Castel’ Branco, urbanista, Jorge Farelo, arquiteto, e Sandra Nascimento, presidente da APSI. Foto: Líbia Florentino

A experiência vai permitir praticamente duplicar em área o maior espaço de encontro da freguesia, de 5400 metros quadrados para 9700 metros quadrados. Sem demolir edifícios e sem alterar um centímetro do desenho quadriculado da malha urbana. Mas tendo como objetivo a acalmia do tráfego e um maior usufruto do espaço público com a expansão do jardim. O trânsito vai deixar de poder circular e estacionar à volta do quarteirão e os limites do Jardim da Parada vão estender-se de fachada a fachada.

A ideia chega de uma estratégia urbanística nascida, testada e replicada com sucesso em Barcelona. Na cidade catalã, os superquarteirões fizeram descer as emissões de poluentes. Num caso, os níveis de dióxido de azoto a caíram 25 % e de partículas poluentes inaláveis PM 10 caíram 17 %.

O que é um superquarteirão?

Imagem de satélite da malha urbana de Barcelona. Fonte: Google Earth

A quadrícula retilínea e ortogonal de Barcelona, concretizada a partir do Plano Cerdá de 1860, faz de Barcelona uma cidade facilmente reconhecível a partir de imagens de satélite e de grandes alturas.

Constituído por frentes edificadas de 113 metros e esquinas cortadas, o desenho da cidade catalã torna difícil a atribuição de uma hierarquia viária a grande parte das suas ruas e avenidas.

Em Barcelona, a ideia da “superilla” – ou superquarteirão, em português – nascia da constatação do espaço público limitado e da necessidade de acalmar o tráfego motorizado que circula por entre os bairros residenciais da cidade.

Em agosto do ano passado, a Mensagem entrevistou Ton Salvadó, responsável pela implementação do primeiro superquarteirão da cidada catalã.

Menos intensidade de trânsito, com menos veículos a circular e a impossibilidade de utilizar determinadas ruas para atravessar a cidade com rapidez levam ao aumento da segurança e do espaço pedonal e de estadia disponível – esta é a ideia por detrás desta estratégia urbanística.

O superquarteirão é um espaço predominantemente pedonal e de encontro entre vizinhos, sem o som do trânsito e onde predomina o som de conversas e de brincadeiras de crianças. Atualmente, Barcelona conta com dezenas de superquarteirões, mas o objetivo, até 2030, é ambicioso: prevê-se a implementação de mais de 500.

Em Campo de Ourique, com a exceção do caso da Rua Ferreira Borges, que se assume como via principal de circulação e atravessamento, o desenho urbano é idêntico.

Imagem de satélite de Campo de Ourique, em Lisboa. Fonte: Google Earth

Como vai funcionar em Campo de Ourique?

A escolha do Jardim da Parada é óbvia para os promotores da iniciativa. A uma escala bem diferente, a malha urbana de Campo de Ourique é um dos poucos bairros de Lisboa que se caracteriza por uma quadrícula ortogonal, em muitos aspetos idêntica à de Barcelona.

Rita Castel’ Branco, arquiteta e urbanista, é uma das lisboetas que tem vindo a promover a implementação do conceito aqui. Sabe que é inevitável alguma oposição e “alguma pressão sempre que se tenta intervir para melhorar a vida das pessoas”. Ou porque se remove estacionamento contra a vontade de alguns moradores, ou porque, diz, existe o receio de que “possa alterar a vivência do bairro ou possa atrair outras pessoas” para aquele espaço.

Mas, “por esse andar nunca interviríamos em lado nenhum”.

Assumindo alguns receios, há também recetividade. Rita tem falado com as pessoas do bairro e nota “aceitação à ideia do superquarteirão”. É por isso que, em conjunto com várias caras da freguesia, se tem concentrado em reunir com representantes da junta de freguesia, mas também com moradores e comerciantes. O sucesso está à vista – o conceito vai ser testado aqui mesmo.

“As ruas à volta vão também beneficiar da redução de tráfego”, garante Mário Alves, presidente da Estrada Viva, rede de associações pela segurança rodoviária e pela mobilidade sustentável.

Mas como se materializa isto?

Diminuição do trânsito…

Tal como em Barcelona, a ideia é criar verdadeiras gincanas ao trânsito motorizado, diminuindo o espaço de circulação e estacionamento e obrigando quem por ali passa ao volante a ter de reduzir a velocidade e percorrer maiores distâncias.

Esta intervenção urbanística tem como resultado prático a redução do número de veículos a circular naquele lugar e o aumento do espaço público: onde antes estava a estrada, passam a estar bancos, ciclovias, árvores e até pinturas no chão, servindo de palco a jogos infantis ou pistas de atletismo improvisadas.

Veja a proposta:

A conversão do espaço rodoviário em espaço de usufruto público tem como consequência a saída de cena dos carros que por ali passavam sem ali quererem ficar – o chamado tráfego de atravessamento, o trânsito que só está de passagem – que encontra outras vias mais diretas e com maior capacidade de escoamento. Só o trânsito que tem aquele local como destino acaba por passar.

Desta forma, através de uma pequena intervenção urbanística, a rede viária ganha uma hierarquia mais clara e este cruzamento, assim como os quarteirões em volta, passam a ter menos trânsito e velocidades mais reduzidas.

“Ao criarmos um tampão a meio do bairro, o que acontece é que as ruas, que hoje em dia são utilizadas para atravessamento, passam a ter um tampão no meio e tornam-se mais calmas. Estamos a tirar um destino e a criar uma complicação no atravessamento do bairro. Portanto, à volta também existe um efeito que contamina”, explica Rita Castel’ Branco.

…e do estacionamento:

Nesta experiência, perdem-se cerca de 90 lugares de estacionamento automóvel, mas, recorda Jorge Farelo, vizinho e arquiteto, estão previstos para o futuro reforços de estacionamento no bairro na ordem das centenas de novos lugares:

  • Para o Pátio das Sedas, perto da zona das Amoreiras, está prevista a construção de um estacionamento em silo com capacidade para cerca de 600 automóveis;
  • Na Travessa Bahuto, perto do Cemitério dos Prazeres, está prevista a construção de um parque com 80 lugares.

E aquilo que agora pode vir a ser conquistado com o superquarteirão, considera Rita, ultrapassa quaisquer perdas na oferta de estacionamento.

A aplicação do conceito urbanístico promete trazer mais espaço de usufruto público num bairro com escassez de locais de encontro e mais segurança rodoviária e, por consequência, mais autonomia para as crianças.

A urbanista explica a aplicação do conceito a Campo de Ourique: “É pegar em nove quarteirões e tirar o trânsito de atravessamento dentro do miolo desses nove quarteirões. Daí o nome do superquarteirão. Em vez de haver trânsito em todas as ruas, passa a haver o tal superquarteirão, constituído por nove quarteirões, dentro dos quais existe acesso local – as pessoas podem ir e estacionar – mas não existe tráfego de atravessamento de A para B”.

Espera-se um impacto grande: a criação do superquarteirão no Jardim da Parada deve resultar na acalmia do trânsito nos oito quarteirões que o ladeiam.

Uma experiência barata e que nos pode salvar do calor?

Para concretizar a acalmia de tráfego e o aumento do espaço público disponível em Campo de Ourique, não será preciso gastar muito, garante Rita Castel’ Branco.

Pode fazer-se com recurso ao urbanismo tático, isto é, através de intervenções reversíveis, a pequena escala e de baixo custo. Exemplo destas intervenções são a colocação de floreiras na estrada, alterando ou condicionamento a circulação de trânsito numa determinada rua, ou a colocação de bancos ou outro mobiliário urbano.

No caso de Barcelona, os superquarteirões têm impacto na acalmia de tráfego em nove quarteirões – o central, em redor do qual a circulação está mais limitada e há devolução parcial ou total do espaço público aos peões, e os oito em redor, que, em consequência das limitações de trânsito impostas no quarteirão central, acabam por registar uma acentuada redução da circulação de trânsito motorizado. É “um desenho urbano que faz com que o tráfego que não vai para o bairro não entre – isso é fundamental”, explica Mário Alves.

Nos dias de maior calor, a sombra criada pela colocação de mais cobertura vegetal nos superquarteirões pode fazer destes autênticos refúgios climáticos – é exatamente isso que tem acontecido em Barcelona.

Em Barcelona, os Superquarteirões proporcionam sombra e espaços de estadia, assumindo-se como verdadeiros refúgios climáticos quando o calor aperta.

Mais espaço para as crianças correrem sem perigo

Para além do grupo de lisboetas que promove a ideia em Lisboa, juntaram-se na promoção da ação outras entidades como a Estrada Viva ou a APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil.

Com a quase duplicação da área do jardim, mas sobretudo com o fim do trânsito dentro do quarteirão, abre-se uma janela de oportunidade para a autonomia das crianças, tanto no jardim como nas ruas em volta.

Sandra Nascimento, presidente da APSI, aliou-se à promoção do superquarteirão e considera que a primeira conquista da iniciativa é a segurança das crianças no espaço público.

Sandra Nascimento, presidente da APSI, acredita que o Superquarteirão vai permitir aumentar a segurança e a autonomia das crianças no bairro. Foto: Líbia Florentino

“A criança não tem os mesmos objetivos de um adulto e ser livre na forma como vai estar nesses espaços faz parte da infância e é muito orgânico. Quando tentamos organizar muito as coisas, perde-se isso e o benefício dessa experiência mais livre e exploratória”

Sandra Nascimento

Num dos cantos do jardim, um parque infantil é delimitado por uma cerca, como tantos outros na cidade. Para a responsável da associação de promoção da segurança infantil, a própria ideia da cerca é desejavelmente evitável e o superquarteirão pode ser uma oportunidade para retirar os elementos físicos que hoje segregam.

“Não temos de segregar as crianças, mas percebo qual é a motivação, é claramente criar uma barreira relativamente ao trânsito automóvel para impedir aquele que é um comportamento normal da criança, que é ir a correr atrás de uma bola sem dar conta da mudança de ambiente”, afirma.

Para a defensora da segurança e da autonomia infantis, o superquarteirão é uma oportunidade para estabelecer “um espaço em que as crianças podem estar de uma forma mais livre, menos vigiada e não orientada”.

A ideia que se quer definitiva

Em Campo de Ourique, os ensaios para a grande semana de experiência já ocorreram em dois domingos de junho e julho, com o encerramento ao trânsito e a colocação de esplanadas e mobiliário urbano na estrada.

Para o futuro, o objetivo, explica Jorge Farelo, é que “seja concretizado em definitivo e não apenas como uma experiência de uma semana”.

Esta vontade é partilhada pela própria junta de freguesia. À Mensagem, a junta confirma que os testes começaram em junho, em articulação com a Câmara Municipal de Lisboa, com ensaios ao modelo de circulação e em julho já decorreram com a ocupação do espaço viário encerrado e a colocação de esplanadas e plantas em vasos cedidos pela autarquia. Para setembro, está reservado “o último teste, de modo a avaliar a hipótese de tornar [o superquarteirão] permanente”.

Após a experiência, a junta de freguesia vai avaliar a possibilidade de tornar a intervenção permanente de duas formas: através de um inquérito aos comerciantes e moradores e através de contagens de carros, “de modo a avaliar os impactos globais na mobilidade de todo o bairro”. “Esta última avaliação é uma parte essencial das lições que aprendemos com Barcelona”, diz.

Os nove dias de testes vão permitir a instalação de esplanadas comunitárias no espaço anteriormente ocupado pelos automóveis e vão contar também com programação especial, com eventos como um workshop de compostagem, uma escolinha de trânsito, concertos e demonstrações desportivas.

Apesar da programação prevista, Rita Castel’ Branco sublinha que um superquarteirão não é um evento nem uma instalação temporária.

Não esconde o “receio em Campo de Ourique de que ao associarmos o superquarteirão a uma semana de eventos, podemos estar a condicionar a perceção e a alterar a forma como as pessoas vão olhar para o superquarteirão. Podem percecioná-lo como festa, como ruído, como coisas a acontecer que não querem”. Seria “importante haver um espaço não programado”, refere.

Não só não se trata de festa e de ruído, diz Jorge Farelo, como à experiência deve ser associada a ideia do silêncio, dado “o facto de não haver trânsito”.

Apesar de lamentar que a experiência não inclua dias sem qualquer programação, Rita diz-se contente ao observar “o empenho que a junta está a ter nisto” e congratula-se com o facto de a experiência prolongar-se ao longo de nove dias. Sublinha a importância de haver “tempo para experimentar estas coisas e criar debate, de ter as pessoas a experimentar, a apropriarem-se deste espaço”.

“O que se pretende é um espaço público mais alargado, mais silêncio, menos poluição, menos atropelamentos.”

Rita Castel’ Branco
Folheto ilustrativo de promoção do Superquarteirão de Campo de Ourique, imaginando uma intervenção futura de requalificação do espaço público.

Este não é o primeiro superquarteirão da cidade?

As propostas de promoção de superquarteirões em Lisboa não são uma novidade nem um exclusivo de Campo de Ourique.

Em maio de 2022, a ideia constava já de uma proposta saída da primeira edição do Conselho de Cidadãos. Nessa altura, a criação de superquarteirões na cidade até 2025 foi uma das propostas em destaque. No seguimento da proposta, a 30 de abril, a iniciativa “Praça com Todos” da Câmara Municipal de Lisboa encerrou o trânsito nas ruas que contornam a Praça da Alegria, com o objetivo de ali implementar o conceito de superquarteirão. A iniciativa, que inclui a realização de atividades desportivas, uma feira e concertos, voltou, desde então, a acontecer nos meses de maio e junho.

Em resposta a este artigo, a Câmara Municipal de Lisboa considera que “o primeiro superquarteirão de Lisboa foi introduzido na freguesia de Santo António”, uma ideia que não reúne consenso entre especialistas.

Na opinião de Mário Alves e Rita Castel’ Branco, esta iniciativa não se mostrou fiel aos preceitos do conceito urbanístico nascido em Barcelona.

“Não é, de facto, um superquarteirão. Um superquarteirão é tendencialmente permanente”, sublinha o presidente da Estrada Viva.

A diferença entre a iniciativa decorrida na freguesia de Santo António em abril e a experiência agora em ensaio no Jardim da Parada está na possibilidade de estar a ser avaliada a possibilidade de permanência na segunda e é por isso que, segundo os especialistas, o superquarteirão de Campo de Ourique poderá vir a ser o primeiro da cidade.

“A intenção é ser uma medida de caráter permanente”, reforça a urbanista. “Nesse aspeto, a Praça da Alegria dificilmente reúne condições para ser permanente, porque é um eixo que tem tráfego de atravessamento”.


Nota de edição (12h37) – Acrescentada referência à iniciativa “Praça com Todos”, realizada na Praça da Alegria


Frederico Raposo

Nasceu em Lisboa, há 30 anos, mas sempre fez a sua vida à porta da cidade. Raramente lá entrava. Foi quando iniciou a faculdade que começou a viver Lisboa. É uma cidade ainda por concretizar. Mais ou menos como as outras. Sustentável, progressista, com espaço e oportunidade para todas as pessoas – são ideias que moldam o seu passo pelas ruas. A forma como se desloca – quase sempre de bicicleta –, o uso que dá aos espaços, o jornalismo que produz.

frederico.raposo@amensagem.pt


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28 Comentários

  1. Retirar lugares de estacionamento do Jardim da Parada e ruas envolventes sem estarem definidos outros lugares de estacionamento que compensem aqueles é irrealista. Pode ser feito mas tanto os moradores como os visitantes do local sairão prejudicados. Em especial a população mais idosa do local cujo número cresce cada dia, ficará com menos segurança pois os meios de socorro não chegarão tão facilmente. Também os idosos doutros locais que queiram usufruir do Jardim ficarão com uma distância a percorrer incompatível com alguma deficiência física que tenham.

  2. Olá, Miguel. Obrigado pelo reparo. Acabámos de atualizar com uma menção à iniciativa da Praça da Alegria (no fundo do texto), onde explicamos porque não foi considerada o primeiro superquarteirão da cidade 🙂

  3. A marcação de final de jardim é feito em muitos sítios com pequenas estátuas de animais da zona. São muito simples POIs as crianças podem brincar n
    Neles

  4. Acho bem , moro no prédio da livraria no Jardim da Parada. Como tenho alguma dificuldade de mobilidade costumo ter o carro à porta. Qual é exactamente a solução de estacionamento? Tirando esse aspecto acho uma iniciativa do maior interesse. Barcelona é sempre um excelente exemplo!

  5. Que alegria vou já fazer obras de modo a poder levar o carro para casa ! Que alegria vamos imitar a Catalunha e lutar pela nossa independência! Olha que grande ideia …. A testarem malta a ver se aceita o metro…. Etc,etc… Mesmos hipócritas irra!

  6. Pois aguarda moderação eheheh claro que morra a ditadura disfarçada,!!!!

  7. Olá, Madalena. Agradecemos o seu comentário, que será sempre bem vindo. De forma a evitar a publicação de Spam ou de mensagens indesejáveis, todos os comentários submetidos são sujeitos a aprovação por parte da redação. Em consequência disso, poderá registar-se alguma demora na sua publicação. Este período de tempo é algo que tentamos que seja o mais reduzido possível.

  8. Dei-me ao trabalho de ler os artigos relativos a esta matéria e a entrevista ao arquiteto catalão e fiquei bastante entusiasmada, porque ao contrário daqueles que se dizem preocupados, o que se pretende é tão simplesmente devolver o espaço aos residentes e permitir que todas as pessoas possam usufruir desse espaço e do seu comércio local, sem constragimentos de maior, e ainda acrescentar a essa nova condição – de conquista dos espaços – de maior qualidade de vida, menos ruído, menos poluição, mais zonas de estar, para ir a um jardim, para estar com os vizinhos, para jogar às cartas, para ler, quem sabe até – criar uma zonas para pequenos piqueniques ao ar livre, haver mais segurança dentro do superquarteirão, não só porque há mais gente a circular a pé ou até de bicicleta, haver mais gente significa mais olhos a ver o que se passa, mas também a segurança dessa mesmas pessoas, sejam idosos ou crianças, porque justamente há mais gente a circular, não de carro, mas por entre as ruas e o jardim, e isso cria segurança para quem circula e inibe quem queira fazer desacatos. Lembro-me da minha Mãe contar como era a Lisboa dos anos 40, 50, 60, e como se podia sair à noite sem problemas . Hoje é o que se vê – temos zonas em Lisboa, que só têm movimento por causa de algum comércio, mas isso não é vida – o comércio local sobrevive porque as pessoas circulam por entre as ruas. Também concordo que a experiência que se vai fazer durante 9 dias em campo de Ourique, deveria ter uma zona sem programação especial, justamente para os residentes sentirem verdadeiramente a diferença no ruído, na qualidade do ar, na liberdade de circulação e estar de uma forma diferente. Vou tentar ir a campo de Ourique por essa altura, para perceber e ver como está a ser e concordo que a iniciativa tenha o apoio da JF, CML e outras entidades. Tem tudo para ser um sucesso. Se fosse moradora, assinava por baixo já.

  9. Muito bem. Se isto vai ser um sucesso, eventualmente Lisboa poda tornar a cidade mais fantástica do mundo 😀
    E os resmongões que querem estacionar em frente da casa, podem mudar para uma aldeia. Carros na cidade é horrível.
    Fico contente que Portugal devegaramente vai transformar se mais moderno como os países nórdicos.

  10. É um bairro muito seleto, muito nariz empinado, não se aceita aceita qualquer pessoa…

  11. Com o jardim da estrela a dois passos,
    O parque Eduardo vii a três passos.
    O parque de Monsanto mesmo ao lado, querem o que mais ??? Morar numa árvore 🌲 ??

  12. primeiro arranjar estacionamento para os carros e depois começar a sonhar. Mas primeiro resolver o problema dos moradores, que são os que estão todos os dias e precisam de ser respeitados.

  13. +E uma boa solução, mas antes devem providenciar os parques de estacionamento e estudar as entradas e saídas de no bairro,sobretudo a da Rua Ferreira Borges, que nas horas de ponta provoca engarrafamentos nesta rua e at+e na Duarte Pacheco.
    Não podemos deixar estas questões para as calendas.

  14. É uma boa solução, mas antes devem providenciar os parques de estacionamento e estudar as entradas e saídas no bairro, sobretudo a da Rua Ferreira Borges, que nas horas de ponta provoca engarrafamentos nesta rua, na Duarte Pacheco, Correia Teles e outras. Não podemos deixar estas questões para as calendas.

  15. Parece uma boa ideia. Só não se percebe como demorou tanto a surgir.

  16. Será muito importante não bloquear a circulação a veículos de emergência, como ambulâncias, para chegar rapidamente a qualquer porta de prédio, ou carros de bombeiros, para evitar outra tragédia como a do Chiado, por causa dos bancos da rua do Carmo.

  17. Operação de marketing político, cortina de fumo para fazer esquecer as obras do metro que vão escaqueirar tudo.
    Se não é, parece.

  18. Espera-se que, este ”aumento” do Jardim da Parada, não sirva de ”compensação” para o que vão ”danificar” para a construção da Estação de Campo de Ourique, que deveria ser construida noutro local….

  19. Ocupar Ruas com mobiliário urbano, mesmo que amovivel (mesas, cadeiras, chapéus de sol, etc.. tem que ser muito bem ponderado…..

    Muitos não eram nascidos, mas lembro que quando do Incêndio no Chiado, a Rua do Carmo não permitiu o acesso dos carros de Bombeiro, porque estava cheia de bancos e jardins….muito bonitos…..

  20. A propósito da construção da nova Estação de Metro de Campo de Ourique
    As Estações de Metro, não têm que ser obrigatoriamente em Praças ou Largos.
    Podem perfeitamente estar integradas em Prédios, como acontece por exemplo em Londres, de que junto Fotos.
    Usando áreas onde estão Prédios devolutos ou Terrenos vagos, poderiam ser construidos os acessos ao Metro e depois construir por cima um Prédio.
    Há varios exemplos em Campo de Ourique, sendo um deles ao lado do Predio da Junta de Freguesia e da Policia, com a vantagem de ter um Parque de estacionamento ao lado.
    Pensem nisso…..

    https://www.facebook.com/photo/?fbid=5345076842242864&set=pcb.5345076922242856

    https://www.facebook.com/photo/?fbid=5345076715576210&set=pcb.5345076922242856

    https://www.facebook.com/photo?fbid=5345076775576204&set=pcb.5345076922242856

  21. Super de acordo com a idéia
    vai trazer outra moldura ao bairro.

  22. Uau! Espaço para os humanos! Que grande ideia urbanistica, força, pois para a frente é que é Lisboa!
    Parabéns pela iniciativa, profissionalismo e coragem de avançar, apesar dos retrógados…

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