É no meio dos produtos típicos da Serra da Estrela e na reta final dos Santos Populares que Margarida Branquinho, João Babo, Beatriz Martins e Rita Krippahl arregaçam as mangas e dão uma ajuda a Carlos Branquinho – o tio de Margarida e João -, que faz vida do negócio da venda de sandes de presunto e queijo da Serra da Estrela, em Lisboa. Beatriz e Rita são de Seia e fazem também questão de defender a região.

Na Ribeira das Naus ou no Miradouro de São Pedro de Alcântara, o “Sabor Serrano” ganha sempre maior vida na altura dos Santos Populares. No resto do ano, vende-se na FIL ou noutros locais da cidade.

Sandes de presunto e queijo da Serra substituem as sardinhas no stand do Sabor Serrano no arraial da Misericórdia. Foto: Inês Leote

Margarida é quem dá a cara. A acabar a licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Margarida achou que “ajudar o tio seria um trabalho giro para ganhar algum dinheiro”.

No arraial da Misericórdia, que se faz de “muitos mais turistas do que portugueses”, Margarida aproveita para treinar o inglês e o atendimento ao público. Trabalhar “num ambiente familiar”, diz a jovem de 20 anos, faz que os jovens acabem por “nem levar a mal” os protestos dos portugueses que se queixam “dos preços elevados que são só para turistas”, explica Margarida.

Enquanto Margarida conversa com a Mensagem, os conterrâneos da jovem não têm mãos a medir. Cortam o presunto, o pão e o queijo, preparam as sandes, a chouriça assada ou servem as cervejas. A fila já se vai formando, não fosse este dia um dos últimos com música ao vivo e Toy como cabeça de cartaz. A fila faz-se de várias nacionalidades.

O cheirinho de fim de festa já se faz sentir, mas Margarida não duvida de que para o ano quer voltar a vender sandes de presunto e de queijo da Serra da Estrela.


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