Manuel Banza, lisboeta e cientista de dados, tem vindo a dedicar parte do seu tempo livre a trabalhar questões no centro da discussão da cidade. Da habitação à cidade dos 15 minutos, tem desenvolvido ferramentas e visualizações gráficas que ajudam a entender a cidade. No início de 2021, quando o conceito da cidade dos 15 minutos entrava no centro da discussão urbana um pouco por todo o mundo, decidiu criar um mapa para mostrar evidenciar quão próximas estariam as freguesias da cidade de encaixar na definição do conceito urbanístico.
Na altura, e de acordo com as várias camadas que selecionou para integrar o seu mapa interativo, era a freguesia de Alvalade a que mais se aproximava do conceito cunhado pelo urbanista franco-colombiano Carlos Moreno – a cidade dos 15 minutos. O conceito propõe a adoção de um modelo de vida urbano ecológico e de proximidade, promovendo as deslocações a pé e de bicicleta e contemplando o rápido acesso aos mais variados serviços e equipamentos através de deslocações ativas – a pé e de bicicleta.
Agora, o novo mapa desenvolvido por Manuel Banza no âmbito do Conselho de Cidadãos sobre o tema, na Câmara Municipal de Lisboa, apresenta novas funcionalidades: entre as novidades, está a possibilidade de inserir qualquer morada na cidade e descobrir, dentro do raio visível de deslocações – um para deslocações a pé e outro para deslocações de bicicleta – quais os equipamentos e serviços que se encontram no perímetro.
No fundo, permite que cada pessoa escolha a morada da casa, local de trabalho ou estudo e descubra a se está, ou não, dentro daquilo que pode ser uma cidade dos 15 minutos.
Explore aqui:
Para uma melhor experiência, abra o mapa através deste link.
Este sábado, 1 de abril, o último dia da 2ª edição do Conselho de Cidadãos, foram dadas a conhecer as propostas de quem vive na cidade para promover a vida de proximidade nos bairros lisboetas. Veja aqui as propostas que saíram deste encontro.

Frederico Raposo
Nasceu em Lisboa, há 30 anos, mas sempre fez a sua vida à porta da cidade. Raramente lá entrava. Foi quando iniciou a faculdade que começou a viver Lisboa. É uma cidade ainda por concretizar. Mais ou menos como as outras. Sustentável, progressista, com espaço e oportunidade para todas as pessoas – são ideias que moldam o seu passo pelas ruas. A forma como se desloca – quase sempre de bicicleta –, o uso que dá aos espaços, o jornalismo que produz.
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