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O comércio também é apanhado pelo vírus. O confinamento, o recolher obrigatório, a derrocada da atividade turística e a fragilidade económica fazem sentir-se nas lojas e restaurantes de Lisboa. Em Alvalade, o impacto também está lá, claro. Não há bairros assintomáticos, nesta pandemia. Mas uns sofrem mais que outros. E Alvalade é dos que melhor tem resistido. Segundo dados oficiais a que a Mensagem teve acesso, Alvalade é, logo a seguir a Campo de Ourique, a freguesia da cidade que registou as menores quebras económicas – e que consequentemente fez menos pedidos de ajuda à Câmara.

Este é também, curiosamente, um efeito da pandemia. Em Alvalade são principalmente os moradores do bairro que redescobrem as suas próprias ruas. Confinados no seu território de residência, não deixam o comércio local morrer. Um exemplo: a padaria Isco, um dos afamados templos do bom pão em Lisboa, floresceu com a ajuda dos clientes habituais, mesmo através dos vários estados de emergência. Com dois anos de existência e uma história  ainda pequena, a padaria de Paulo Pina e Paulo Neves tem filas à porta todos os dias.

Paulo Neves e Paulo Pina são os fundadores da padaria Isco e não se arrependem de se terem instalado em Alvalade. Foto: Frederico Raposo

Curiosamente, a loja esteve quase para se instalar na Baixa, “o sítio turístico”, antes de encontrar o seu espaço na Rua José d’Esaguy, naquela zona a que os habitantes do bairro chamam as transversais da Av. da Igreja, coração comercial da freguesia. “Alvalade tem um histórico connosco”, conta. Era pelo bairro que costumavam andar em miúdos. E foi por lá que se instalaram. Hoje, olham para trás e não se arrependem.

Quando o vírus chegou e se instalou na cidade, assustou-os. Tiveram “aquele baque que toda a gente teve”, conta Paulo Pina. Para surpresa dos dois, os clientes não diminuíram. A padaria começou a fazer entregas quando a cidade entrou em confinamento e aquilo que perderam com os jantares que deixaram de fazer, ganharam com as entregas ao domicílio. Já tinham a ideia de entregar pão em casa, mas a pandemia precipitou tudo e foi com os próprios carros que começaram.

Depois, o verão chegou e a padaria viveu “dois meses um bocado difíceis”, mas logo “a coisa começou a subir, a subir, a subir” e agora, com “toda esta história, este apocalipse todo, as pessoas continuam a vir”. Confirmam um crescimento quase caricato: “de 2019 a 2020 crescemos bastante”. Admitem que são “uma ilha”. Durante o primeiro confinamento, em abril do ano passado, chegaram a ter “filas malucas”, à espera de pão. Têm “clientes muito militantes”, aponta o responsável pela padaria.

A resposta para este pequeno milagre em tempo de depressão económica pode estar numa questão de urbanismo. Ao contrário de outros bairros da cidade, este não foi tão apanhado pela tendência recente do turismo. A 11 de Fevereiro, Alvalade tinha registadas 218 unidades de alojamento local (AL), contrastando com as 4720 de Santa Maria Maior, facto que pode ajudar a entender a maior resiliência, em pandemia, de freguesias da cidade menos dependentes do turismo.

José António Borges, presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, considera que há “vários fatores” que ajudam a explicar a aparente dinâmica do bairro em tempos difíceis.  Por um lado, o facto de ter sido “urbanisticamente estruturado” quando foi construído, em pleno Estado Novo, “para ter um conjunto de quarteirões especializados no comércio.” O comércio local “foi positivamente vítima de um problema que todos nós, lisboetas, sentimos”: o centro histórico e a Baixa passaram a ser “terreno de turistas, de alguma confusão”, e foi este processo que  levou ao desaparecimento de muito do comércio local tradicional. “Quando não desapareceu”, diz o autarca, “transportou-se para zonas mais novas da cidade”.

Alvalade ganhou muito com o êxodo dos lisboetas do centro histórico

José António Borges, presidente da Junta de Freguesia de Alvalade

“Alvalade ganhou muito com o êxodo dos lisboetas do centro histórico” para a freguesia, afirma. O comércio, que já existia e já estava estabelecido, “fortaleceu-se”. Estes fatores, de planeamento urbanístico e da história mais recente da cidade, conjugam-se, segundo José António Borges, com a gestão que a junta faz dos seus equipamentos, como são o caso do Mercado de Alvalade e o Mercado Jardim, e com a “marca cultural, moderna” que a freguesia “implementou muito fortemente desde 2014”. Juntos, ajudam hoje a “superar um momento difícil com mais capacidade”.

Alvalade, no verão, quando a pandemia abrandou o bairro voltou a ganhar vida. Foto: CML

Paira a sensação de que a vida de bairro saiu reforçada com a pandemia. Com a população confinada, o comércio de rua, mais próximo das casas, ganha nova importância. Em Alvalade, são os habitantes locais que imprimem uma dinâmica no comércio local que não se vê a olho nu em todos os pontos da cidade. À data do último recenseamento, realizado em 2011, aqui residiam mais de 14 mil famílias, fazendo desta a quarta freguesia com mais famílias em Lisboa. Apesar de não ter dados concretos “que valha a pena partilhar”, José António Borges considera que, em Alvalade, a quebra do comércio local “é muito inferior” quando comparada com a que se verifica noutros bairros da cidade.

Otimismo moderado

Embora os comerciantes tenham uma atitude “conservadora”, na hora de dar informação sobre a quebra na faturação, “no sentido de dizerem se foi maior ou menor, face a anos anteriores”, o autarca está convencido de que são os residentes “os principais responsáveis” pela relativa dinâmica. A padaria Isco representa o melhor dos cenários. Conta já com 12 trabalhadores, o que até aos fundadores causa espanto. “Nem aos cinco anos pensámos que íamos ter 12 pessoas”, revela Paulo Neves.

Mónica (à direita) monta a sua banca na Avenida da Igreja há quase meio século, sempre pela altura do Natal. Foto: Frederico Raposo

O comércio de Alvalade pode não estar a passar pelas mesmas dificuldades que o de outras freguesias, mas nem tudo são rosas. No ano passado não houve a montagem da habitual feira de Natal que trazia muita gente à Av. da Igreja. Há quase 50 anos que Mónica monta a sua banca de produtos alusivos ao natal no passeio da Avenida da Igreja. Ao lado da filha, que acompanha a mãe desde que nasceu, há 41 anos, conta que este ano “está a ser pior” do que imaginara. Admitem que “ao fim de semana sempre se vai vendo gente, mas as pessoas passam, vêem”. Poucas compram.

Elsa Gentil Homem, presidente da ACAL, a Associação de Comerciantes de Alvalade, está à frente da Perfumaria Neto, uma loja que “não é o exemplo de negócio de hoje”. Já não o era antes da pandemia, e, portanto, não tem uma história como a da padaria Isco para contar. “Tem vindo a fraquejar desde há alguns anos”.

Em plena Avenida da Igreja, “existe há 60 anos”, mas a “concorrência desleal” das grandes perfumarias não a deixa mostrar-se muito confiante, apesar de se dizer otimista. “A seguir à reabertura das lojas, não achei que fosse muito mau”, conta. “De facto, as pessoas vieram para a rua com necessidade de comprar”. Mas antes do Natal, já registava uma quebra de 50% nas vendas face ao ano anterior. E por isso conta receber ajuda do programa municipal Lisboa Protege. Apresentado no último mês do ano e com um fundo de 20 milhões de euros, visa apoiar, a fundo perdido, os estabelecimentos comerciais da cidade que registem perdas de faturação superiores a 25%.

Elsa Gentil Homem, na Perfumaria Neto. Foto: Frederico Raposo

Elsa admite que em Alvalade “nem se nota tanto a crise”. Isso acontece, acredita, “porque o bairro não foi construído para turistas”. As pessoas continuam a fazer as suas compras na freguesia “porque aqui encontram tudo”. Na retrosaria, encontra-se o dedal, na casa de ferragens, o parafuso. “Numa manhã ou numa tarde, as pessoas conseguem comprar mais ou menos tudo o que querem”.

A zona em torno da Avenida da Igreja, hoje tal como em 1946, quando foi projetada pelo arquiteto urbanista João Guilherme Faria da Costa no Plano de urbanização da zona a sul da Avenida Alferes Malheiro, apresenta um forte pendor habitacional e propõe uma estrutura hierarquizada das vias. As principais artérias, casos da Avenida da Igreja ou da Avenida de Roma, são um autêntico centro comercial a céu aberto, com os espaços comerciais dispostos no nível térreo, e são ponto de passagem natural para os residentes do bairro, que passam por estas ruas para aceder às várias “células” habitacionais da freguesia.

Pastéis vegan, de Taiwan para Lisboa

Há quatro anos em Lisboa, vindos de Taiwan, Renato Lai e Joyce Chi só se instalaram em Alvalade em janeiro de 2020, quando já pelo Oriente se ouvia falar do novo coronavírus, mas num tempo já distante em que a ideia de uma pandemia ainda podia passar por descabida. Já tinham aberto uma pastelaria vegana em Arroios, há três anos, agora o negócio expandia-se e chegava à Rua Luís Augusto Palmeirim, transversal da Avenida de Roma, paralela à da Igreja.

Depois de um primeiro mês “difícil”, “porque esta zona é mais tradicional”, o Moko Veggie Café começou a ganhar tração e, até março, “cresceu muito rápido”. “Quando estava bom, começou a pandemia. Caiu tudo”, diz Renato. No confinamento, a receita cai para 10%, 20%, da faturação. O taiwanês, de 38 anos, conta como lamentou ter de “demitir um colega” que tinham contratado. Agora são cinco e fazem “o máximo” para segurar os que ficaram.

Renato Lai (na fotografia) e Joyce Chi abriram o Moko Veggie Café em Alvalade dois meses antes do primeiro confinamento. Foto: Frederico Raposo

Para a pastelaria, o regresso das pessoas à rua significará que o saldo “não fica tão negativo”. Como não tem contas de 2019 para apresentar ao município, não vai poder candidatar-se ao Lisboa Protege. E confessa já ter desistido de fazer planos. Foi um ano “muito radical”. “Só olho para a frente”, frisa. Foi assim a sua vida quando decidiram mudar de país, continente, a olhar para “hoje, amanhã e depois de amanhã”. Antes da pandemia o negócio “era melhor nos Anjos, porque tinha turistas”, mas agora, as perdas são menores na loja de Alvalade. Aqui, aos fins de semana, mesmo com o confinamento à tarde, chegaram a faturar 70% dos valores pré-pandemia.

Para venda de sutiãs, bairros são oportunidade

O turismo, quando está em alta, traz negócio, mas também pode afastar. A Dama de Copas que existia na Rua de Santa Justa, na Baixa, funcionava bem até 2017, conta Inês Basek, uma dos três fundadores da cadeia de lojas que oferece acompanhamento personalizado na hora de escolher um sutiã. Mas as coisas mudaram. Com o aumento da atividade turística, “a Baixa perdeu a clientela tradicional portuguesa”, conta a polaca que veio para Portugal há cerca de 18 anos, depois de ter conhecido João, que estava a estudar naquele país ao abrigo do programa Erasmus e é outro dos fundadores, a par da amiga Margarida. 

Mais coração da cidade do que a Rua de Santa Justa não há, mas isso não foi suficiente para manter a loja aberta. As pessoas estavam “fartas de turistas” e isso teve reflexo nas vendas. O contrato de arrendamento, de 10 anos, estava a terminar e decidiram sair. Era a renda mais elevada das 11 lojas que têm – três em Lisboa, duas no Porto, uma em Braga, outra em Leiria e as restantes em Espanha, entre Madrid, Barcelona e Valência. Já em 2016, a loja que têm no Saldanha havia ultrapassado a loja da Baixa em volume de vendas.

“Aqui é mais bairro-bairro do que na Baixa”

Inês Basek, sócia da Dama de Copas

Como esta não é uma loja virada para os turistas que a cidade recebe, decidiram que estava na altura de procurar um espaço noutra freguesia, depois de mais de nove anos ali. Alvalade foi a escolha. Tem mais comércio de rua, “é mais bairro-bairro”, justifica Inês. Abriram no final de Agosto na Rua Acácio de Paiva, próxima da Avenida da Igreja e a dois passos da padaria Isco e do Moko Veggie Café. Antes do mais recente confinamento geral, as coisas corriam “bastante bem”. “Não conseguíamos atender as pessoas todas”, conta a fundadora, já que a lotação da loja se encontrava limitada a quatro pessoas.

Satisfeita com a decisão, a cadeia de lojas mantém a trajetória de abertura em freguesias onde o turismo quase não chegou. Duas semanas após a abertura da loja de Alvalade, abriu nova loja em Benfica. Em breve, inauguram outro espaço comercial em Campo de Ourique. “Os bairros são uma oportunidade”, defende Inês, que constata que em altura de pandemia as pessoas tendem a deslocar-se mais na sua área de residência.

Tempos difíceis para a cidade que vive do turismo

Em tempo de pandemia, já aprendemos, quase não há turismo. Muitos hotéis estão de portas fechadas e o comércio, que nos últimos anos se transformou para acomodar a subida galopante de turistas na cidade, adaptando-se ao mercado, sofre de forma particular em certas freguesias da cidade. Por isso, Santa Maria Maior – freguesia que compreende a zona da Baixa da cidade – apesar de ter menos de metade dos residentes de Alvalade, era, em janeiro, a freguesia com mais pedidos de apoio submetidos ao programa de apoio da Câmara, Lisboa Protege. Foram submetidas 391 candidaturas – 15,1% do total da cidade – isto numa zona que é a terceira, entre as 24 freguesias da cidade, com menos população – 12,8 mil habitantes.

Na Misericórdia, a situação não difere muito. Com população idêntica e uma economia local dependente do turismo, da restauração e da vida noturna da cidade, já que o território da freguesia abarca o Bairro Alto, o Príncipe Real e o Cais do Sodré, no início de janeiro eram 239 os estabelecimentos que haviam solicitado apoio ao município, totalizando 9,2% do total de candidaturas. Ao todo, as duas freguesias representavam 24,3% do total de pedidos de apoio ao abrigo do programa municipal.

Já em Alvalade, freguesia com 31,8 mil habitantes, havia apenas 145 candidaturas ao programa de apoio, o equivalente a 5,6% do total de pedidos efetuados.

Perspetiva da Avenida da Igreja, um dos principais eixos comerciais de Alvalade

Alvalade é o bairro dos 15 minutos de Lisboa

Aquilo de que muitos dos lojistas de Alvalade falam, sem saberem, é de um conceito que se tornou rei no planeamento das cidades: a cidade dos 15 minutos popularizada pela presidente da câmara municipal de Paris, Anne Hidalgo. É simples, como bem percebem os que moram ou têm negócios em Alvalade: trata-se de, num raio de 15 minutos, a pé, de bicicleta ou de transporte público, os habitantes da cidade encontrarem tudo aquilo de que precisam – lazer, comércio, saúde, educação.

No caso francês, passa por independentizar as comunidades de cada bairro – ou arrondissement – da capital, garantindo que, à distância de uma viagem de 15 minutos, os moradores  parisienses têm acesso a emprego, lojas, cafés, estruturas verdes, escolas, equipamentos desportivos ou unidades de saúde. Agora, a ideia começa a ser propalada por cidades de todo mundo.

“Uma pessoa que viva em Alvalade não precisa de ir para um centro comercial, não precisa de pegar no carro para fazer alguma coisa

Manuel Banza, analista de dados

Interessado pela cidade, utilizador de bicicleta e, sobretudo, analista de dados numa empresa de comunicações, Manuel Banza decidiu colocar o conceito à prova em Lisboa. Tirou partido da informação disponibilizada pelo portal de dados abertos do município e escolheu sete bairros de Lisboa: Alvalade, Arroios, Belém, Benfica, Campo de Ourique, Lumiar e Marvila. Para a análise que levou a cabo no seu tempo livre, considerou parâmetros como a proximidade a escolas e universidades, hospitais, parques, mercados municipais, estações de metro, ciclovias e espaços de cowork.

Feitas as contas, Alvalade ganhou. Manuel Banza diz que acaba por ser um jackpot. “Conseguias ter tudo ali, não havia nada que faltasse”. “Uma pessoa que viva em Alvalade não precisa de ir para um centro comercial, não precisa de pegar no carro para fazer alguma coisa – tem tudo a pé, ou de bicicleta, ou de transportes”, diz. Alvalade é o bairro dos 15 minutos. Tem:

  • 4 estações de metro
  • 1 Universidade de Lisboa
  • 2 mercados municipais
  • 7 parques e jardins
  • 4 unidades de saúde
  • Vários supermercados
  • 5 espaços de cowork
  • 11 escolas, no ano letivo de 2017/2018, atrás apenas do Lumiar e Olivais

Ou seja, em 15 minutos, a grande maioria destes pontos do bairro é alcançável, a pé, a partir do ponto central da freguesia – próximo à Avenida de Roma e à Avenida da Igreja. 

No mapa interativo criado por Manuel, é possível selecionar diferentes camadas de informação e visualizar a localização de várias infraestruturas pela cidade, assim como o perímetro alcançável em 15 minutos a partir de uma deslocação a pé ou a pedal. A pé, será possível, em 15 minutos, chegar a quase todos os cantos da freguesia. De bicicleta, o perímetro alcançável transcende já os limites da freguesia e estende-se, a sul, à baixa da cidade e, a ocidente, ao parque florestal de Monsanto.

O presidente da junta de Alvalade diz que a freguesia “sempre foi esse bairro dos 15 minutos”. “Uma pessoa pode nascer, fazer todo o percurso universitário, trabalhar, viver”. José António Borges encara a questão da mobilidade suave – isto é, as deslocações a pé e de bicicleta – como “muito importante para o fortalecimento da cidade dos 15 minutos” e declara que “Alvalade é o território da cidade onde mais jovens vão de bicicleta para as escolas”.

Para além de Alvalade, os resultados da experiência de Manuel Banza apontam Arroios como uma “uma das freguesias com maior potencial a adotar este conceito sustentável”. Belém é uma das freguesias que menos se enquadra na cidade dos 15 minutos. À quase total ausência de ciclovias, junta-se o facto de esta freguesia não ter locais de cowork nem mercados.

Os resultados do Lisboa Protege

Este é o programa municipal destinado a apoiar, a fundo perdido, restauração, comércio, retalho e atividades artísticas da cidade com faturação inferior a 500 mil euros no ano de 2019 e com quebras superiores a 25% em 2020.

Até 5 de janeiro, foram submetidas 2586 candidaturas, perfazendo 14,1 milhões de euros em apoios atribuídos a fundo perdido – de um total de 20 milhões disponibilizados.

A 27 de janeiro, o apoio foi alargado a empresas com faturação entre 500 mil euros e um milhão de euros e o orçamento recebeu um reforço de 35 milhões de euros.

CANDIDATURAS:

Para mais informações consulte a página da CML, aqui.

Uma app para ajudar Alvalade

Para promover o comércio local em altura de pandemia e crise económica, a Junta de Freguesia de Alvalade lançou em janeiro uma aplicação móvel.

Esta aplicação disponibiliza informações úteis para promover a visita ao comércio local, tais como localização, horários, métodos de pagamento disponíveis, promoções e contactos diretos.

A app, disponível para dispositivos móveis com sistemas operativos Android e iOS, conta com cerca de 150 estabelecimentos no seu diretório, aos quais se poderão juntar todos os que manifestem interesse.


Frederico Raposo

Nasceu em Lisboa, há 30 anos, mas sempre fez a sua vida à porta da cidade. Raramente lá entrava. Foi quando iniciou a faculdade que começou a viver Lisboa. É uma cidade ainda por concretizar. Mais ou menos como as outras. Sustentável, progressista, com espaço e oportunidade para todas as pessoas – são ideias que moldam o seu passo pelas ruas. A forma como se desloca – quase sempre de bicicleta –, o uso que dá aos espaços, o jornalismo que produz.

frederico.raposo@amensagem.pt

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9 Comentários

  1. Um dos únicos males de Alvalade é a continua redução e inexistência de parqeamento automóvel.
    Assunto que a EMEL a CML e a freguesia continua a desvalorizar, defendendo que andar de bicicleta é que deve ser.. e concordo.. !!! Com boas ciclovia e acessos, as pessoas vão aderindo.
    Contudo, não é um bom serviço da autarquia, para com habitantes com necessidades de locomoção Automovel, privar os mesmos de lugares e aumentar a caça à multa, em plena pandemia e consequentemente durante o confinamento…
    não entendo porque não colocam parquímetros no Restelo… ali é que existem moradias com muitos lugares de garagem ,mas o estacionamento é feito em cima do passeio.. e sem existência/ presença da EMEL…
    porque será??!?!?
    Interesse???
    Muitas embaixadas???
    Elites???
    Pois pensem….

  2. Artigo muito bom e muito descritivo, apoiado por detalhes e números estatísticos muito informativos. Parabéns ao Autor!

  3. Há tanto espaço desperdiçado, e mal aproveitado nas trazeiras dos predoos expostossos ratos e toda a biccharada

  4. Parabéns ao autor. Adorei ler e saber das estatísticas da zona de Lisboa. E em especial de quão bem o bairro sobreviveu durante esta pandemia! Estou ansiosa por regressar e tomar um grande pequeno almoço na “ Isco Bakery”!

  5. Muito bom o artigo. Realmente quem vive em Alvalade é um privilegiado.

  6. Alvalade é palco de uma luta constante entre uma autarquia que desprezou os comerciantes ao retira-lhe estacionamento na zona tradicional de comércio com mais de 100 lojas e amordaçou quem ainda resiste e defende os logradouros verdes de Alvalade dos parques EMEL desenhados pela CML.

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