Cais Ao Cais do Sodré pela manhã Cai o tempo,Hirto no poço.Arranhado na curvaturade um semáforo rompido.Em magenta,Em vermelhos encarnados,Em roxo,Enfrascado em lascas de urina,Varridas num varrer coxo,De quem cimenta uma manhã inteira,À esquerda de um rosto. Alice Neto de Sousa – Lisboa, Maio de 2022