Pela segunda vez na história, os quadros nas paredes do mítico café do Chiado, A Brasileira do Chiado, foram retirados para serem substituídos por novas obras. Já estão expostas as dez novas pinturas que venceram o Prémio de Pintura A Brasileira do Chiado, uma iniciativa que assinalou o 100.º aniversário dos primeiros quadros que tornaram este lugar um verdadeiro “museu de arte moderna” do século XX.
Tudo começou quando Adriano Telles, o empreendedor que fundou A Brasileira do Chiado, abriu as portas do café à arte vanguardista do início do século XX, recebendo quadros dos jovens modernistas Almada Negreiros, Stuart de Carvalhais, Eduardo Viana, José Pacheko, António Soares, Bernardo Marques. Os quadros, polémicos, mobilizaram a crítica nos jornais, sendo até apelidados de “as telas tolas do Telles”.
Já na década de 70, registava-se uma nova era: surgiam novos quadros, selecionados pelo historiador e crítico de arte José-Augusto França. A mudança deu-se no dia 26 de outubro de 1971, numa operação noturna que deu nova vida às paredes da Brasileira com os quadros de Fernando Azevedo, Nikias Skapinakis, António Palolo, Noronha da Costa, Carlos Calvet, João Vieira, Joaquim Rodrigo, João Hogan, Vespeira e Manuel Baptista.
Agora, 54 anos mais tarde, a segunda vaga de quadros parte para ser restaurada enquanto a Brasileira acolhe novas obras de António Faria Costa, Catarina Mendes, Catarina Oliveira, Filipe Amaral, Isabella Fernandes, Margarida Costa, Martim Vilhena, Nelson Ferreira, Rui Braz e Sara Conde.
Os novos quadros da Brasileira foram recebidos pelos seus autores com um pequeno almoço especial e já podem ser vistos, ao vivo e a cores, no café que viu nascer um movimento artístico no século XX.
A mudança foi assim:





Fotos: A Brasileira do Chiado

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