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A processar…
Feito! Obrigado pelo seu interesse.

Bem-vindo à Mensagem, novo jornal de Lisboa. O que vê aqui, neste site, é apenas uma pequena parte do que somos: uma publicação de jornalismo local e digital – ou seja, em formato de site. Mas seremos também um projeto de jornalismo comunitário, na vida real. Aliás, temos sede num café, A Brasileira do Chiado (com Fernando Pessoa, inspirador do título, Mensagem, sentado e em bronze, à porta).

Mensagem é um projeto de jornalismo feito para, e com, os lisboetas. E são todos: os que se interessam pela cidade, ou a têm no coração.

O desenho do nosso ilustrador, Nuno Saraiva, expressa a noção de lisboeta: todos.

A nossa sede ser no café A Brasileira, no Chiado, significa que sublinhamos o ponto de encontro que queremos ser. Um ponto de encontro de conversas, de contar de histórias à volta de uma bica (que aqui nasceu), de debate, de ideias, discussão e inspiração. E este é um caminho de duas vias: queremos ouvir os que fazem de Lisboa a cidade que ela é.

“Ouvir”, essa palavra tantas vezes esquecida, será central neste projeto:

  • Em todas as histórias que publicamos haverá um espaço para que haja resposta, desse lado, com as suas opiniões, o seu feedback, ou mais ideias.
  • Mal seja possível, haverá uma reunião de redação aberta no café, mensal, às primeiras quartas do mês, final da tarde, e debates, entrevistas ao vivo e o que mais houver que nos traga juntos.
  • Nos bastidores, iremos apresentando o projeto a vários grupos de pessoas, cidade fora, ouvindo grupos de vizinhos, associações, coletivos, escolas, etc, etc, etc…

É também por isso que este projeto ouvirá os que já têm uma voz e a fazem ouvir na cidade, mas sobretudo, os que o são raramente. Queremos contar as histórias que nunca são contadas, porque não há tempo, porque são consideradas pequenas demais.

O nosso ponto de vista é sempre o mesmo: o da gente que faze a cidade.

Aqui nunca haverá uma história pequena demais, porque com essas é que se tecem as malhas de uma cidade.

O início, no café

Este projeto começou a ser pensado na primavera de 2020, em plena pandemia, quando duas vontades se encontraram: um grupo empresarial – O Valor do Tempo – que queria dinamizar a vida do café A Brasileira do Chiado, e um grupo de jornalistas que acreditava que havia muito a fazer no jornalismo local.

O objetivo era comum: homenagear a cidade única que é Lisboa.

Criada por um grupo independente de jornalistas – liderados por Catarina Carvalho e Ferreira Fernandes – e gente que adora a sua cidade – são também sócios fundadores João Marecos e Tiago Quaresma – a Mensagem só tem uma causa: Lisboa.

Nascemos no meio de uma pandemia, mas não adiamos o lançamento, agora, quando a cidade mais precisa de nós. Não vamos dizer que foi fácil criar um jornal com reuniões por zoom e, com distanciamento social, encontrar histórias numa Lisboa parada. Mas seria pior não fazer nada.

Um dos efeitos da pandemia são as nossas fotos de grupo, que ficaram por fazer, e as fotografias dos nossos cronistas, que ainda não são as definitivas. Aqui vão algumas, amadoras, de várias fases do projeto, com a equipa fundadora: Álvaro Filho, Catarina Carvalho, Catarina Reis, Ferreira Fernandes, Frederico Raposo, Nuno Mota Gomes.

Logo em julho organizamos, n’A Brasileira, uma série de debates sobre Lisboa (a cidade e a covid-19, em várias áreas, da saúde à cultura). Neles participaram especialistas vários, todos com ligação a Lisboa – do presidente da Câmara ao cartoonista que a desenha, a fadista, o cientista, o historiador, o ex-comissário europeu, o médico e o escritor. E o presidente da Câmara de Pontevedra, cidade sem carros, deu cá um saltinho.

Daqui saíram ideias que dariam para anos de reportagens – desde as figueiras, herança árabe, ao fado malandro da mouraria, as cidades sem carros, as bicicletas e como as estatísticas nos ajudam a melhorar a vida urbana.

Acresce que foi muito nos cafés que o mundo se tornou moderno, nas discussões acesas pela cafeína. Sobretudo na Europa, sobretudo depois do século XIX. Acreditamos que o jornalismo é parte desse mundo. Então desenhámos este projeto de jornalismo – e desenhámos é a palavra certa porque connosco esteve, desde o início, Nuno Saraiva o ilustrador mor da cidade, de quem são todos os desenhos neste site.

“Os ideais da cultura do café são o sentimento de comunidade, espaço de partilha entre as pessoas e troca de ideias. Tudo isso importa cada vez mais às pessoas, até no horizonte de uma doença.”

Damien Radcliffe, professor de jornalismo local, Universidade do Oregon

Com o tempo mais parado, por estes dias, ouvimos pessoas, consultámos exemplos do que se anda a fazer no mundo. Um dos principais especialistas em jornalismo local, Damien Radcliffe (Universidade do Oregon), disse-nos que a ideia do café tem um simbolismo e uma prática. “Os ideais da cultura do café podem ser desenvolvidos: o sentimento de comunidade, um espaço de partilha entre as pessoas e troca de ideias, e a importância de apoiar os negócios locais, tudo isso importa cada vez mais às pessoas, até no horizonte de uma doença.”

Ao encontro das pessoas

Joy Jenkins, outra especialista em media locais, investigadora do Reuters Institute, referiu que há outros exemplos: na Alemanha, diretores de jornais locais vão a bares falar com leitores, assim como em Itália. Uma equipa em França faz debates sobre temas que estão a ser tratados, num projeto de jornalismo de soluções. “Isto reflete um interesse cada vez maior entre os jornalistas de se relacionarem com as audiências de forma mais produtiva, assegurando que a sua cobertura fala de assuntos que lhes interessam. Tudo isto, sendo trabalhoso, e exigindo esforço, ajuda a construir confiança”, explica.

O jornalismo local atravessa uma fase estranha em todo o mundo. É dos mais ameaçados pelas plataformas e redes sociais, pela perda de publicidade, mas é o que o tem levado a um renascimento, sobretudo nos Estados Unidos e no norte da Europa.

“É na cidade que se joga esse futuro político, e tenho pena que não haja mais perceção disso”

João Seixas, geógrafo, FCSH

Na malha comunitária das cidades joga-se o nosso sentimento de pertença a algo comum. Porque é a proximidade que torna todas as diferenças relativas. Isso é muito importante no momento político por que passamos, em que a pressão divisionista é grande. Esta será uma das razões porque, sobretudo nos EUA e no Reino Unido, o jornalismo local é tão apoiado por várias fundações e ONG: é visto como trabalho cívico. “É na cidade que se joga esse futuro político, e tenho pena que não haja mais perceção disso”, diz o economista e geógrafo João Seixas, da Universidade Nova de Lisboa, FCSH, numa entrevista que havemos de publicar em breve.

Ir ao encontro das pessoas é também trazê-las para dentro do projeto. Além da equipa com que contamos todos os dias temos companheiros de aventura, entre cronistas da cidade, jornalistas e especialistas: Afonso Reis Cabral, Ana Bárbara Pedrosa, António Araújo, Catarina Pires, Filipa Martins, Francisco Seixas da Costa, João Marecos, Maria José Oliveira, Maria do Rosário Pedreira, Paula Ferreira, Rodrigo Costa Félix, Rui Cardoso Martins, Susana Moreira Marques, num grupo sempre a crescer. Em todos, o enorme prazer de debruçarem-se sobre Lisboa. Teremos também Zhang Liang, notável membro da comunidade chinesa, e Jorge Costa, nome inventado para uma pessoa bem real, que acabou de sair de uma situação de sem abrigo.

Ao nosso lado teremos um conselho editorial, ainda em construção, mas do qual já fazem parte Ana Pereira (bicycle mayor de Lisboa), António Quaresma (O Valor do Tempo), Armando Cabral (modelo e empresário), António Brito Guterres (Iscte e Fundação Aga Khan), Dora Santos Silva e João Seixas (UNL-FCSH), Paulo Pena (jornalista) e Ricardo Mendes (Tekever). Com eles abriremos os olhos para partes da vida da cidade que não conhecemos e ajudarão no trabalho de empreender a nossa iniciativa. E as ideias deles serão as nossas ideias.

Porquê Lisboa? É tudo em Lisboa…

Quando apresentámos este projeto, muitas pessoas respondiam: Lisboa, porquê? Este é o ponto geográfico de onde são dadas mais notícias, no país, verdade. Mas a diferença está entre o Terreiro do Paço e o Terreiro do Trigo, do primeiro todos falam, ao segundo, ninguém vai. A diferença está em conhecer o fim da rua, e tratá-lo como se fosse o mundo… que é.

Para perceber o que é que isto significa basta ver as caras de surpresa das seis jovens, as nossas “correspondentes de bairro”, estagiárias do curso de comunicação social da FCSH, quando chegam de um reconhecimento nos bairros que irão cobrir, no âmbito deste estágio. Apesar de viverem há anos ali, pouco conhecem, e tem sido para elas surpreendente as histórias que há para contar. É esse o espírito.

No âmbito de várias parcerias com a comunidade, temos também connosco os alunos de design da escola LSD e estamos a trabalhar com a Nova IMS, nomeadamente com o laboratório de análise de dados urbanos do Miguel Neto, num projeto futuro de automatização de notícias locais – feito com a freguesia de Arroios. Recebemos apoio do Arquivo Municipal de Lisboa – com quem estamos a trabalhar num protocolo para dar a conhecer a história iconográfica de Lisboa. E estamos ainda a trabalhar noutras parcerias.

Neste caminho inicial, recebemos dois apoios importantes: o do Facebook Journalism Project, com uma bolsa de marketing digital, e a participação – a par com mais de 60 organizações de todo o mundo – no projeto Newspack, uma plataforma de sites da WordPress realizada com a Google News Iniciative para orgãos de informação local, que nos permite ter um site inovador e muito dinâmico.

À nossa volta, mais duas importantes relações: sobre mobilidade urbana, com o Mário Rui André, do Lisboa para Pessoas, e o projeto de vídeo People of Lisbon, do irlandês Stephen O’Regan. Temos também uma comunicação permanente com a Associção Vizinhos em Lisboa, que coordena as páginas de vizinhos de vários bairros, no Facebook, uma tendência cada vez mais importante e com a qual iremos trabalhar.

Inspiração de uma cidade

Falta aqui uma palavra: inspiração. É o que Lisboa é, foi, e será – e é o que atrai tantos dos que para aqui vieram viver e trabalhar. O nosso nunca será um jornalismo que esqueça isso, o nosso será um jornalismo que lembrará isso. E não esquecendo a sua função de escrutínio, ao apontar os problemas e as falhas vai procurar soluções onde as haja, explicar o que outros fizeram para responder ao problema. Porque estamos fartos do jornalismo fechado no poder e nas torres de marfim em que se tornaram as redações, tanto quanto do jornalismo dador de lições e fora do mundo.

É muito, mas é pouco. Estamos apenas no início. E contamos consigo no caminho.

Se tem ideias, e gostava de vir debater connosco, ponha aqui os seus contactos.

Catarina Carvalho

Jornalista desde as teclas da máquina de escrever do avô, agora com 51 anos está a fazer o projeto que melhor representa o que defende no jornalismo: histórias e pessoas. Lidera redações há 20 anos – Sábado, DN, Diário Económico, Notícias Magazine, Evasões, Volta ao Mundo… – e segue os media internacionais, fazendo parte do board do World Editors Forum. Nada lhe dá mais gozo que contar as histórias da sua rua, em Lisboa.
catarina.carvalho@amensagem.pt

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29 Comentários

  1. Projeto prometedor. O conjunto das ideias apresentadas prometem resultados interessantes. Resta avaliar como se desenvolve o saber de experiências feito.
    Força, Catarina. Desde os tempos da FCSH sempre te reconheci como pessoa determinada.

  2. Eu que sou do Porto, cidade bem atlântica, gosto muito de Lisboa, a cidade da luz boa, uma cidade cheia de alma mediterrânea. Como velho jornalista só posso aplaudir esse projecto.

  3. Antes de mais, parabéns pela ideia do projeto. Jornalismo local livre e independente e cafés de bairro, se percebi bem. Ambos num processo acelerado de extinção. E que falta nos vão fazer. Era muito bom ainda conseguir parar o que já parece inevitável. O primeiro pela falta que faz à Democracia e os segundos pelo sentido de comunidade que começa a escassear numa sociedade puramente de consumo. Que só premeia isso mesmo, o consumo. E onde a nossa também já chegou há muito tempo.

    Boa sorte.

  4. Sucesso para o projecto!
    Se vocês amam Lisboa por serem de cá, eu escolhi ser de cá porque amo Lisboa. Que a Mensagem chegue a muitos.

  5. Parabéns Catarina e toda a equipa, Lisboa merece quem olhe para ela com capacidade de sonhar futuro, a partir de tantas vivências que foram existindo ao longo de milénios. Lisboa é uma cidade única, temos todos que voltar a ambicionar viver em Lisboa, passear em Lisboa. Há tanto de bom para descobrir.

  6. E gostava só de acrescentar que também partilho da solução que vislumbrei no primeiro editorial desta nova Mensagem. Que porventura até foi o que me agradou mais. A solução passa mesmo por voltarmos à casa de partida. Ao pulsar do nosso bairro. Porque o maior problema do Mundo hoje também é um problema de escala. A solução para o mundo de que o secretário-geral da ONU – que muito nos honra – ainda nos falava ontem é mesmo uma questão de escala. Das grandes corporações à alta finança que se globalizou sem qualquer regulação e que ainda há pouco tempo nos conduziu ao beco sem saída que conduziu. A solução para as desigualdades do mundo atual tem mesmo que passar por voltarmos a privilegiar o verdadeiro direito à diferença. E não o falso direito à diferença dos egoístas de hoje que os novos profetas do neo-liberalismo não se cansam de proclamar. E que depois sugam a alma de todas as grandes cidades como Lisboa, tornando-as todas indistintas. Uma mole de cidades iguais com as mesmas lojas em cada rua. Falo do verdadeiro direito à diferença que a velha ONU já teve um dia força para implementar no Mundo. E que também se sente e de que maneira em cada capital. Em cada cidade. Em cada localidade. Por mais pequena.

  7. Confesso que desconhecia o projeto, mas para quem vive Lisboa…é muito mais do que uma boa ideia. Parabéns aos promotores e a toda a equipa pela iniciativa. Da minha parte, disponham sempre em tudo aquilo em julguem Vos possa ser útil. Atentamente. João Barreta

  8. Que projeto tão bonito. De uma amante de café e de estórias, que vive em plana planície alentejana, mas se encanta também por Lisboa, onde estudou. Muita sorte para vocês e para nós, que nos deliciaremos convosco!

  9. Muitos parabéns pelo e para o projecto. Não tenho dúvidas que é a ideia certa para a cidade!
    E se o futuro do jornalismo existe e está em algum lado, é no jornalismo local. Assim como o futuro da cidade estaria seriamente comprometido sem media locais. Não se percebe mesmo como Lisboa sobreviveu culturalmente tanto tempo sem um meio de comunicação decente, depois da extinção de A Capital (será que sobreviveu?…)
    Bem… não interessa, muitos e bons anos para o projecto, é o que todos desejamos, e precisamos!

  10. Soube da existência do projecto através do Afonso Cabral, que é meu vizinho desde pequenino, que vi crescer, nas letras também, e que, para meu desgosto, se assume como lisboeta. Apesar de tudo podem contar um tripeiro como leitor fiel.

  11. Adorei este começo. Muitos parabéns. Lisboa é um excelente tema, uma grande motivação e em cada praça, recanto, som, morador ou passante surge a vontade, a inspiração para divulgar a história, o insólito, o recorrente… desta cidade que amamos. Uma excelente iniciativa que deveras nos toca.

  12. Um jornal feito a partir de uma Loja com História, de certeza irá contar muitas e boas histórias. Parabéns pela iniciativa.

  13. Parabéns pela iniciativa e votos de sucesso. Regressar à base é sempre um bom princípio e o jornalismo local é isso mesmo: o princípio de tudo, um manancial de histórias uma descoberta constante. Infelizmente já são poucos os que se interessam pelas notícias de “ao pé da porta”. Ter correspondentes nos bairros é criar uma rede forte que seguramente vos levará muito longe. E se Lisboa significar a Grande Lisboa e, amanhã, todo o País, melhor ainda. Felicidades!

  14. Olá Sandra! Obrigada! Esperamos ver-te por aqui muitas vezes.

  15. Excelente iniciativa. Pena é que estou do outro lado do Mundo (Australia) e portanto sem poder participar. Onde poderei ler as discussões no café? Aí talvez pudesse participar. Boa sorte

  16. Claro que pode participar – e aí até a pandemia favorece 😉
    Tem o link para se inscrever na reunião da semana que vem, no site. E na segunda vai poder receber a newsletter, se também a subscrever. Em breve iremos abrir uma linha de apoio financeiro, também. Muito obrigada pelo seu interesse.

  17. Que boa ideia! O café ser o conteúdo é do mais lisboeta que pode existir. Boa sorte!

  18. Meus Caros
    Extraordinário projeto para o período de pós-pandemia que se aproxima.
    Pela ideia que o corporiza e pela qualidade e força das pessoas que o dirigem,não tenho dúvida que vai ser um êxito.
    Força e contem com um apoiante e participante certo.
    Forte e amigo abraço.
    Jorge Coelho

  19. Soube desta vossa excelente iniciativa pela Sic Noticias que auguro de êxito. Já li quase tudo e vou acompanhar diariamente. Tive a ousadia de tecer alguns comentários. Não podia ficar indiferente quando louvam a minha Cidade e falam da minha Alfama. Bem hajam e felicidades

  20. Parabéns pela iniciativa!
    Portugal precisa, sobretudo nos grandes centros urbanos, de fortalecer laços, espírito de entre ajuda, enfim, comunidades.
    Tanta coisa (e não coisa) que poderia estar melhor, ser melhor, com este sentimento de pertença.
    Pela minha parte, obrigado!

  21. Antes de tudo, os meus parabéns por toda esta ideia que é icónica em várias frentes. A ligação entre “A Brasileira”, escolher este nome para o jornal (é impossível não lembrar Fernando Pessoa e as suas várias facetas) e o café em si. Para mim, muitos dos meus planos de vida começam quando estou a tomar café.
    O café dá-nos tempo para pensar na mensagem (em boa verdade, não intentei um trocadilho aqui mas devo ter feito alguns), no fumo da cigarrilha imaginária e num próprio imaginário perdido algures no tempo entre prosa e poesia, daquilo que é Lisboa e as suas gentes.
    Caramba, é só um comentário, mas sinto-me um cronista de um século anterior. E este texto já vai extenso, só mesmo porque “ler” o que é o vosso projecto me puxou pela escrita, desta feita pelo teclado, não pela pena e pelo papel. Honestamente, pensei em tertúlias de tempos passados onde o conhecimento da verdade se faz, não através de notícias mediáticas, mas através da confiança, da empatia, do gosto pelo conhecimento e do café.
    Escrever a Verdade da Cidade importa, pois a Cidade é mais que cabeçalhos em noticiários e as Pessoas são quem a faz, em ligação estreita com os recantos históricos, uns mais luminosos que outros, mas todos com histórias para contar.
    Sobretudo, devolver ao jornalismo (ao qual não tenho qualquer filiação pois sou somente um amante das letras), a Verdade do que é Verdade.
    Projecto muito interessante, vou buscar agora o meu café que o palato se atreve já a pedir outro, pois com letras é preciso sabor e pensamento.

  22. Que bom lermos algo tão interessante por aqui. Contamos consigo, daqui para a frente, e esperamos continuar a inspirar tais comentários. Em breve receberá a nossa newsletter, espero que a tenha subscrito. E mais cedo que mais tarde, estaremos todos a debater na Brasileira…
    Até lá e muito obrigada

  23. Cheguei ao jornal a partir do artigo da ciclovia da av de berna. Este projecto pop-up corresponde aos tempos que vivemos: o domínio do parecer sobre o ser! Oportunidade perdida para se reorganizar esta via, reduzindo o tráfego automóvel (passar a duas vias), aumentar a qualidade do espaço urbano para os peões com árvores/sombras para quem circula a pé, acabar com a vergonha da paragem no meio do passeio e promover a plantação de árvores nos terrenos da igreja. Terão confrontado o sr presidente da câmara com estas questões concretas?

  24. Ótima iniciativa. Desejo coragem na empreitada. Gostaria de saber se há algum trabalho psicológico desenvolvido junto a este. Se sim, como conhecer ou, como conhecer trabalhos de ponta e de cunho psicológico em Lisboa. Desde já agradeço e desejo bons ventos para vocês.

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