São três os prémios arrecadados pela Mensagem de Lisboa na 14.ª edição dos Prémios de Ciberjornalismo, que premeia o que de melhor se faz no jornalismo online, numa iniciativa do ObCiber (Observatório de Ciberjornalismo). Os vencedores foram conhecidos esta quarta-feira, durante as VII Jornadas do ObCiber (#7JOBCIBER), estando a Mensagem de Lisboa nomeada para duas das oito categorias.

O primeiro episódio do podcast Sons de Lisboa, “Ouvir Lisboa na pandemia, a cidade de silêncios” – uma viagem sonora pela cidade confinada – ganhou dois prémios na categoria Narrativa Digital Sonora. Um atribuído pelo júri e outro pelo voto do público, numa edição com recorde de participação do público – cerca de seis mil votos no total.

Para a mesma categoria, estavam também nomeadas as Rádio Observador e Rádio Renascença, com “A incrível saga do bebé Neves” e “No paraíso das Criptomoedas” – respetivamente.

Já a reportagem “Heróis da cidade. Orientavam os putos do bairro, agora salvam famílias da fome” ganhou o prémio do júri na categoria Ciberjornalismo e Proximidade. Este é um conto sobre como os bairros sociais se transformaram durante a pandemia para tentar salvar toda a cidade da fome.

Na nomeação estavam também outros órgãos de informação locais: o Sul Informação e o AltoMinho.tv. O primeiro com a reportagem “A agricultura é ‘um setor sexy para trabalhar e para investir’ no Algarve”. O segundo com “Pandemia aos olhos dos idosos”.

“Ficou provado que o jornalismo cabe em todo o lado, independentemente da escala”

Pedro Jerónimo, presidente do júri

Durante a cerimónia de entrega de prémios, o presidente do júri desta edição, o investigador Pedro Jerónimo, realçou que este é a primeira vez que um cibermeio de âmbito local conquista uma categoria onde, tradicionalmente, surgem cibermeios de dimensão nacional. “Ficou provado que o jornalismo cabe em todo o lado, independentemente da escala”, reforçou.

Os trabalhos foram selecionados por um grupo de 13 jurados, investigadores e docentes universitários de instituições portuguesas, a que se juntam outros de instituições do Brasil e Espanha. Além de Pedro Jerónimo (da Universidade da Beira Interior), estão Ana Isabel Reis (Universidade do Porto), Ana Pinto Martinho (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa), Fernando Zamith (Universidade do Porto), Filipa Rodrigues Pereira (Instituto Politécnico de Viseu), Hélder Bastos (Universidade do Porto), Inês Amaral (Universidade de Coimbra), João Canavilhas (Universidade da Beira Interior), Luís António Santos (Universidade do Minho), Luís Bonixe (Instituto Politécnico de Portalegre), Marisa Torres da Silva (Universidade Nova de Lisboa), Pavel Sidorenko (Universidade Francisco de Vitoria, Espanha) e Walter Lima Junior (Universidade Federal de São Paulo, Brasil).

A todos os que votaram no nosso trabalho e que nos leem ou ouvem: muito obrigada!

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3 Comentários

  1. Ora, o que havia de ser, muitos e muito merecidos, parabéns, pela qualidade intrínseca do trabalho, mas também por mostrar que o jornalismo tem mil rostos e mil encarnações, que qual planta silvestre, pode nascer onde menos se espera, não deixando,assim, morrer a palavra, o pensamento, a liberdade,
    Este jornalismo é de grande qualidade e nasceu e vive e vive em Lisboa

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