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Suresh Nampuri, mora em Campo de Ourique e é professor de física no IST. É um teórico das cordas, propondo que tudo no universo é feito de pequenas cordas vibratórias, em vez de partículas pontuais. É um teórico das cordas bem-sucedido, trabalhando como pesquisador em Portugal.
Nasceu em Bombaim, deixou a Índia aos 18 para estudar física na Alemanha e em França. E sempre viajou muito. No último ano, viajou para Itália, Alemanha, Suíça e Japão para falar sobre o assunto de que é especialista.
“Recentemente, mudei o meu foco de buracos negros para buracos de minhoca. Ninguém escreve artigos sobre buracos de minhoca. É o tipo de coisa de que se fala no Star Trek.”
Além dos seus interesses académicos, Suresh também é escritor de histórias, dramaturgo e encenador. No último ano, esteve na Finlândia, Bulgária e Espanha.
“Sou um contador de histórias em primeiro lugar”, diz Suresh. “Tudo sempre começa com palavras. As palavras são usadas precisamente como uma forma de distrair o público. A magia existe dentro das palavras.”
Esta semana, Suresh está a organizar o JÁ Fest, um festival de teatro e artes internacional, em Lisboa, a partir da sua própria companhia de teatro. “É um conjunto criativo que quer empurrar a narrativa para os seus limites na forma teatral, combinando géneros em várias formas radicais para ver se podemos produzir novas peças orgânicas. O objetivo principal do JÁ é explorar a incerteza da condição humana e criar uma história que emocione.”
É uma pergunta óbvia, mas por que JÁ? O que significa o nome?
“É como ya ya ya. É curto, atraente, cativante e universalmente otimista.”
E porque Suresh Nampuri deu o salto de encenar teatro para realizar um festival em Lisboa?
“Recebemos uma bolsa europeia do Europa Criativa para ver se poderíamos criar uma experiência de narrativa orgânica e holística europeia, juntamente com organizações culturais de outros 11 países. Mas como havia tantos artistas aqui de toda a Europa, pensamos por que não tentar realizar um festival. Os holandeses trazem movimento e dança, os suecos trazem realidade virtual e os finlandeses trazem marionetes. Cada um traz um exemplo das suas próprias habilidades. Foi uma oportunidade imperdível. Eles são expostos ao palco português, e o palco português pode aprender muito.”

O Festival JÁ começa esta terça-feira, dia 11. Há muita coisa a acontecer. Na segunda e terça-feira, no Teatro Do Bairro, Elena Vertegal e Maeva Lambert apresentam o espetáculo “Fixe”.
“É uma encarnação dinâmica do caos”, diz Suresh. “São dois anos de trabalho de um verdadeiro encontro internacional – talentos ucranianos, belgas e, é claro, portugueses.”
Nas mesmas noites, no Teatro Do Bairro, a Zid Theatre apresentará os espetáculos “Historia” e “Cyrcels”. “Eles são de Amsterdão. Temos um caso de amor com eles agora. Eles enviam artistas e nós esperamos enviar artistas para lá. É disso que trata o JÁ.”
Ao longo da semana, o JÁ apresentará vários workshops sobre movimento, marionetes, design de cenário, ioga para dançarinos e filme de poesia. “Estamos focados em habilidades teatrais vitais, mas pouco conhecidas”, diz Suresh. “Também teremos uma masterclass online sobre captação de recursos para as artes. É uma informação crucial. Temos especialistas que podem abordar esses campos. Temos 20 artistas vindo de 10 países para essas masterclasses.”
Na quarta-feira, Sílvia Almeida apresenta um espetáculo chamado ‘Do Alto’ no Teatro do Bairro. “Ela é uma performer imersiva. Só se pode experimentar o espetáculo em modo um para um. Chamemos a isso de autofição performativa, se quisermos. É um espetáculo que o leva ao silêncio pelos motivos certos”, explica Suresh.
Também na quarta-feira, Noah Hellwing apresenta um espetáculo chamado ‘Realidades Multiplex’. “Ele usa tecnologia para imergir o público num mundo onde a realidade pode ter diferentes significados. É uma exploração da presença. É o que significa estar em algum lugar.”
Na quinta-feira, no Prisma, haverá uma exposição chamada ‘4 Jornalistas Com Vidas Interrompidas’. “É dedicada a quatro jornalistas mulheres que morreram no exercício de sua profissão. Pode-se perguntar porque um festival de teatro tem uma exposição assim. Mas tudo se trata de narrativas. Há múltiplas narrativas nessas histórias. Jornalistas têm vidas muito interessantes. Eles têm que falar a verdade para o poder. Essas jornalistas fizeram compromissos na borda afiada do medo.”
Na Casa Fernando Pessoa, o JÁ apresentará um festival de curtas-metragens de poesia na quinta e no sábado. “Tivemos quase 80 inscrições de 4 continentes. O tema é separação e pertencimento… e desassossego, é claro. Estamos em Portugal, afinal. Haverá exibições e discussões sobre filme de poesia.”

Nos dias antes Suresh não escondia os nervos.
“Há um belo silêncio. Eu posso sentir os nervos de todos os artistas que estão vindo – artistas que colocaram tanto trabalho para vir aqui eletrificar o palco. Alguns deles nem sequer estão no país ainda. Haverá desastres, é claro. Mas será uma viagem incrível. Eu me sinto eletrificado. Como um sabre de luz!”
O JÁ Fest acontece de 12 a 22 de abril.
O People of Lisbon é apoiado por Patrons e por Moviinn – mudar para o exterior de forma simples. Junte-se ao grupo de encontros mensais do People of Lisbon Meetup.
O JáFest foi organizado pelo Dan Cotterall e pela Tania Kumeda, cofundadores do Já International Theatre, não só pelo brilhante Suresh Nampuri. Uma informação completamente errada no artigo, que se resolveria rapidamente tendo sido feita o mínimo da pesquisa. Não osbtante, sabendo o autor esta informação de antemão, parece-me grave a sua (propositada?) omissão.
Para além disso, o texto mistura a variante do Português do Brasil com o Português Europeu, há erros de concordância de género e número, de pontuação e a invenção de palavras em Português (terá já o autor um tão grande à-vontade na língua que lhe apeteça neologizar? Não me parece!). Assim, caso o autor deste artigo almeje continuar a escrever em Português, sugiro uma atenta revisão de texto antes da publicação dos seus artigos. Tirando isso, eu continuarei com a mesma alegria a receber e a ler os interessantes artigos pulicados na Mensagem de Lisboa.
Vamos rever o texto, obrigada pela sua crítica construtiva.