Receba a nossa newsletter com as histórias de Lisboa 🙂
Os vizinhos e as vizinhas apoiam-se. É da natureza da vizinhança. Trocam sal e amizade. Dão uma olhadela aos filhos uns dos outros, quando estes brincam na rua. Discutem os assuntos do dia no café da esquina.
É o que somos e queremos ser, na Mensagem: vizinhos, numa comunidade de lisboetas que amam a sua cidade.
Por isso, a partir de hoje, 13 de junho, no dia que é de Lisboa, abrimos um projeto de contribuições para a nossa comunidade aos lisboetas – os que já nos seguem, que connosco participam na vida desta cidade todos os dias. Que gostam e criticam o nosso trabalho. E que já não vivem sem a Mensagem.

E em que consiste o Projeto Vizinhança? É muito simples: queremos a participação de todos, contribuindo monetariamente para a vida da Mensagem. Em troca… bom, em troca oferecemos, para já, o que já fazemos, as nossas histórias que fazem parte do vosso dia a dia. Além disso, a possibilidade de terem uma vida mais ativa na Mensagem, em reuniões do Conselho de Vizinhos, onde decidimos os temas a tratar e estão presentes todos os membros da redação.
E mais: a partir de agora, os nossos “vizinhos” podem ter acesso gratuito aos nossos passeios e workshops.
Com uma contribuição anual ou mensal para este nosso projeto comum, os vizinhos e vizinhas da Mensagem serão… ainda mais vizinhos da Mensagem, com uma ligação mais forte com a equipa Mensagem, através de uma área reservada do site.
O jornalismo que fazemos inspira-vos? As histórias que contamos dão-vos vontade de viver mais e melhor esta Lisboa? Os debates que fazemos mostram-vos como ela podia ser?
Com os vossos contributos vamos tornar-nos uma comunidade mais forte, crescer, expandir-nos para zonas que pouco se conhecem. E tudo isto sem fechar nenhum conteúdo.

Quais os planos que pode subscrever?
Estes são os planos possíveis e pode subscrevê-los AQUI:
Anual
mínimo 95 euros
- Acesso a Área Reservada;
- Participação no Conselho de Vizinhos da Mensagem trismestral – definir ideias e temas;
- Workshop ou evento mensal grauito.
Mensal
mínimo 5 euros
- Renovável automaticamente;
- Acesso privilegiado a eventos Mensagem.
Livre
mínimo 5 euros
- Acesso a Área Reservada;
- Com um valor superior a 95 euros, direito a participar no Conselho de Vizinhos trimestral;
- Workshop ou evento mensal – gratuito.
Todos os atuais doadores da Mensagem passam imediatamente à categoria de Vizinhos com os benefícios equivalentes à sua subscrição atual.



Como a Mensagem já mudou Lisboa e a vida de alguns lisboetas
O jornalismo que a Mensagem de Lisboa faz, antigamente pagava-se com anúncios e venda de jornais. Esses tempos acabaram – hoje são apenas o negócio das grandes plataformas. Mas o jornalismo continua, e é cada vez mais feito com os seus leitores.
É com os lisboetas, tanto com a razão como com o coração, que o fazemos: em mais de 1000 histórias, eventos, e debates mostrámos uma cidade que estava escondida, e os lisboetas que a fazem, todos os dias.
Todos os lisboetas: os nascidos, os aportados, os que cá vivem e trabalham, os que a têm no coração.
Trouxemos uma nova visão de Lisboa – mais comunitária, mais moderna, mais mexida. E que já começa a despertar cópias e imitações.

Unimos comunidades e aproximamos a periferia do centro. Mostrámos heróis como o Mauro, o Euprémio, as Mandjuandadi da Quinta do Mocho, as amas da Cova da Moura, os rasta de Queluz.
Mudámos a vida real de algumas pessoas: o Jorge Costa, o Samim Seerat, o Nuno Prates, a Alice Neto de Sousa, o Manuel Banza, o Paulo Matos, a D. Florentina, a Marita Vaskova. Todos apareceram na Mensagem antes de se tornarem conhecidos na cidade.
No caso do Jorge Costa, as suas crónicas deram um livro, infelizmente publicado depois da sua morte. O livro tem prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa e Nuno Markl.
Fizemos podcasts em que revelámos os sons da cidade, vídeos com o Stephen O’Reagen, que encontrámos por acaso e é um irlandês que escolheu Lisboa e fez o projeto People of Lisbon ao nosso lado.
Fizemos, pela primeira vez no mundo, jornalismo em crioulo – com a Karyna Gomes, que nunca tinha tido oportunidade de exercer a profissão (e com o apadrinhamento do nosso Dino D’Santiago).
Como a Mensagem mudou a vida desta equipa
Há uma coisa de que não costumamos falar, como a Mensagem mudou a nossa vida, a dos jornalistas que a fazem.
O Álvaro Filho, brasileiro com a brilhante escrita que conhecem, nunca tinha tido lugar numa redação. Aqui encontrou uma família. A Catarina Reis chegava a casa exausta depois de escrever dezenas de notícias para pôr online. Aqui tem o espaço e o tempo para acarinhar as histórias que lhe conta. E que bem que conta. O Frederico Raposo estava escondido numa publicação de nicho. Aqui, brilhou com o seu olhar profundo sobre temas urbanos. O Nuno Mota Gomes passava a vida a tornar virais conteúdos que toda a gente tinha. Aqui é o mestre de cerimónia dos nossos leitores – o que primeiro os cuida. A Rita Ansone, a nossa fotógrafa da Letónia que teve a certeza de uma avença e conseguiu ficar em Lisboa. A Ana da Cunha e a Inês Leote, que nos adotaram na força dos seus primeiros anos de jornalismo. E o Ferreira Fernandes e a Catarina Carvalho que estão, depois de longas carreiras, a viver aqui o seu sonho de jornalismo de proximidade.

Não é choradinho, é orgulho: ser uma comunidade começa em casa, e não vale a pena dar conselhos sem os seguir. Numa equipa que se gosta e gosta do que faz, sabendo que o que faz é útil, o resultado é melhor.
Mas ainda há tanto para contar e para fazer. Tantos problemas na cidade à espera de respostas. Tantas histórias escondidas. É por uma melhor Lisboa que fazemos jornalismo. E é para isso que precisamos de si e das suas contribuições – para termos uma comunidade mais forte, mais ativa, mais participativa.
Se acredita na Mensagem, se valoriza o nosso trabalho e se gostaria de ajudar ainda mais fazê-lo, venha pertencer a esta comunidade de forma mais plena: contribua 🙂
PS: E não, não vamos fechar conteúdos – vamos usar o seu contributo para mantê-los abertos.
Parabéns pelo projeto da Mensagem e também pelo Projeto Vizinhança
há algum projeto que estejam a pensar estender à periferia, nomeadamente à linha de Sintra?
São precisos projetos de cidadania como estes, apolíticos e cujo interesse e focos maiores sejam os da população. o concelho de Sintra é extremamente populoso e sem ideias da edilidade para um trabalho sustentável e que torne as populações próximas. Os anos passam e o foco é e será sempre a vila.
Tem toda a razão e estamos a trabalhar nisso… Havemos de dar notícias.