Não é teatro, não é jornalismo… é uma mistura dos dois. O jornalismo ao vivo voltou a subir ao palco do Teatro São Luiz, no Chiado, numa edição da Mensagem ao Vivo completamente esgotada na Sala Bernardo Sassetti (Jardim de Inverno). Aqui, unimos vizinhos de Lisboa em torno das suas histórias, partilhando lágrimas e gargalhadas.
Ainda se fazia fila lá fora, quando uma fadista entre margens e vocalista dos Oquestrada, Marta Miranda, evocou “O Cacilheiro” de Paulo de Carvalho e Ary dos Santos, dando o ponto de partida para esta sessão.
Ouvimos cantar, sim, mas também falámos de uma Lisboa com sotaque, como o professor e linguista Marco Neves nos ensinou – ele que nos revelou que, aqui, nesta cidade, já se falou fenício, árabe e até mesmo o tartéssico.
Recordámos a história do Lazareto, uma sombra no vale de Porto Brandão, abandonado há décadas, numa conversa com o Colectivo Trilhos.
A dada altura, parece mesmo que viajámos até ao bairro do Zambujal, para ficar a conhecer a história de um amor proibido, entre Pedro das Neves, de origem cabo-verdiana, e Soraia, de etnia cigana, que comoveu o público.
Ferreira Fernandes, fundador e cronista na Mensagem de Lisboa, levou-nos pelas suas histórias enquanto repórter, até se cruzar com a de Roger Kahan.
Ele que nos apresentou em palco o “Lucas de São Tomé”: Lucas Pina, vindo de um Largo do Chiado fervilhante onde toca todos os dias, para o palco do São Luiz, cantar uma história de superação.
Tudo isto enquanto Nuno Saraiva ilustrava a segunda edição da Mensagem ao Vivo.
“Queria ter dado um abraço ao senhor que estava ao meu lado e que chorou nas mesmas alturas que eu. Queria ter-lhe dito que gostava de o conhecer e saber a sua história, mas sou demasiado tímida.”
Testemunho de uma espetadora, publicado no Instagram“Achei extremamente interessante, adorei todas as histórias. Sigo o vosso trabalho e acho que é extremamente interessante dar a conhecer as histórias positivas, as histórias boas que existem numa cidade. Nestes tempos tão sombrios que vivemos, isso é muito importante.”
Testemunho de Helena Cabeçadas, espetadora
A todos os que não puderam entrar, a boa notícia é que não ficamos por aqui: temos ainda mais cinco edições e a próxima é já dia 1 de março – e, depois, 12 de abril, 31 de maio, 25 de junho e 5 de julho. A entrada é gratuita, mas limitada a maiores de 3 anos.
Contámos, desde a primeira hora, com o entusiasmo de Miguel Loureiro, diretor, e de toda a equipa do TMSL e da Lisboa Cultura, que entraram nesta aventura connosco e a quem muito agradecemos. E também sobretudo, a quem esteve em palco, voluntários das histórias desta cidade!












Coordenação editorial e de palco: Ana da Cunha e Catarina Reis
Produção: Ana Narciso
Comunicação: Joana César
Vídeo e fotos: Inês Leote
Apoios e patrocínios: Ana Rocha de Paiva
Ilustrações: Nuno Saraiva
Histórias, ideias e curadoria: Ferreira Fernandes, Álvaro Filho, Catarina Reis, Inês Leote, Frederico Raposo e toda a equipa da Mensagem de Lisboa
Direção: Catarina Carvalho

O jornalismo que a Mensagem de Lisboa faz une comunidades,
conta histórias que ninguém conta e muda vidas.
Dantes pagava-se com publicidade,
mas isso agora é terreno das grandes plataformas.
Se gosta do que fazemos e acha que é importante,
se quer fazer parte desta comunidade cada vez maior,
apoie-nos com a sua contribuição:
