Um dia, o título do livro fê-la ser chamada a uma aula onde estudantes dividiam-se nas apostas: teria a autora escolhido “Lisboa, Chão Sagrado” antes ou depois de escrever a obra toda? Ana Bárbara Pedrosa aceitou o convite, mas não conseguiu desempatar: não se lembrava de como tudo começou – é como a história do ovo e da galinha, da obra e do título. Desempatar só desempata em algumas conclusões que a obra e a vida lhe trazem: a forma como sentimos a cidade em que vivemos depende dos recursos financeiros.

Foram algumas das confidências da autora no passado dia 30 de março, n’A Brasileira do Chiado, durante a estreia do Clube de Leitura de Lisboa – uma iniciativa mensal para juntar leitores e autores à volta de obras relacionadas com a cidade.

E, por falar em cidade: a primeira vez que Ana Bárbara Pedrosa, vinda de Vizela, veio a Lisboa, para a Expo 98, trouxe uma máquina fotográfica, mesmo com os pais a alertarem para o perigo que poderia ser andar pelas ruas da capital com uma na mão – mas com a persistência do alarme dos progenitores, nem tirou a máquina da mochila e as fotografias da cidade ficaram para outras núpcias.

Como as que ficaram registadas neste dia:

Fotos: Inês Leote

Ana Bárbara Pedrosa, cronista da Mensagem, foi a primeira convidada, com o seu “Lisboa, Chão Sagrado”: a história de Eduarda, Mariana, Noé, Matias e Dulcineia, que se estende desta nossa cidade ao Rio Janeiro, do interior da Bahia à Palestina – e como é interessante perceber o que os divide e o mais que os une.

Quem é, afinal, cada um deles, os homens e mulheres que ganham vida nesta obra? Uns nem se lembra como surgem, alguns quando vai a caminhar na rua, mas a autora confidenciou que há uma amiga a quem vai buscar a maioria das histórias que nos conta – mesmo nas crónicas que escreve na Mensagem.

A próxima sessão acontece no dia 26 de abril, às 18:30, n’A Brasileira do Chiado, com Pedro Boucherie Mendes como convidado e o seu “O Agosto do Desassossego.
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