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A processar…
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  1. O futuro a partir de Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões, séc. XVI

Lisboa, um canto do Mundo, como possível ponto de partida de uma viagem única pela magia da escrita da(s) descoberta(s) numa epopeia de descobrimentos. Por cantos do Mundo, em dez cantos de saber escrever e de escrever todos os saberes.

De um passado de histórias que para todo o sempre deixou escrita a História do(s) …futuro(s) de uma Nação, liderada pela origem de uma rota, de um rumo – Lisboa, de tantos ou mais futuros como os Lusíadas em seus, muitos mais de dez (en)cantos. Tantas conquistas, parcos meios, juízos e pré-juízos, ocupações sem preocupações.

Enfim, a luta por tão nobre escrito, cujo futuro não prescrito, viria a ser contado e cantado aos quatro cantos, vinculando o fado de um tão grande Povo, de tão grandiosa Nação, de tão nobre Cidade, Lisboa de seu próprio e apropriado nome.

2. Segundo A Caverna, José Saramago, séc. XXI

Lisboa, o canto como outros tantos, iguais a si próprios. Um conto, seguramente bem mais do que isso. O consumo e os consumos, as sociedades de que a sociedade hoje se faz. Arremessados para um canto, entretanto recanto, qua passou de moda, já foi preferido, agora preterido, e/ou seu(s) contrário(s), por quanto, pode-se perguntar, quantificado no imediato do presente, pois qualificado será mais tarde ou talvez nunca.

No presente, o de hoje, a alegoria, que se julgaria ultrapassada, é bem e já mais atual, jamais convirá esquecê-la, tão pouco menosprezá-la. A indiferença não faz sentido, não tem sentido afirmação distintiva é a direção desta nossa Lisboa, veicula-se por via da(s) diferença(s) cuja representação de uma realidade nada abstrata, repleta de imagens, símbolos e metáforas, porque não, espelho de luz, espelho de água, que se dizem e afirmam únicos no Mundo.

3. Segundo O Livro do Desassossego, Fernando Pessoa, séc. XX

Lisboa, num canto de complexidades, portanto, inquietações de um ou de todos os cantos deste nosso Mundo, desta nossa sociedade, em que temas e assuntos, correntes e recorrentes, em textos e seus contextos, parecem fugir a uma lógica instituída, por isso imposta, que pouca ou alguma lógica parece (de)ter. Questionar tudo, importar e importar-se, conceito, pré-conceito, tantas vezes preconceito.

A escrita só fala a quem lê, a música só toca quem a ouve, mas Lisboa fala a quem a vê, a quem a ouve, a quem a cheira, a quem a degusta, a quem a saboreia, a quem dela prove e disfrute e frutifique.

Há quem a ame, há quem a cante, há quem a escreva, há quem declame, há quem a represente, aquém, além, por cá, por lá, por todos os cantos do Mundo, Lisboa causa … o(s) desassossego(s) de Pessoa, nas pessoas.

Um desassossego assim nada traz de nefasto, antes une vontades, aguça engenhos, potencia o que de bom haverá, aniquila pessimismos, destrói derrotismos, enaltece quem o merece por fazer por tal merecer.

4. Segundo Os Lusíadas no Desassossego da Caverna (ainda, e sempre, no prelo)

Lisboa, crendo num ideal de futuro, crendo nas ideias de todos os tempos querendo o saber, querendo todos os saberes, perseguindo-os, prosseguindo-os. Embalado por tão rico(s) e virtuoso(s) passado(s), facilmente parece tropeçar-se neste presente cuja riqueza e riquezas por vezes parecem mais valorizadas por terceiros, os outros, do que, por supostos primeiros (nós, os … lusíadas sempre em desassossego(s) neste nosso canto, a nossa caverna que é tão nossa como de todos, de todos os cantos do Mundo).

Como o outro, também este não se assumirá como livro, não terá uma narrativa, clássica, crónica, cronológica. Será um … conto de encontro de contos, talvez de reencontros. Provavelmente será um conto, vários contos, às tantas com pouco nexo, que retratam tradições ou contradições, talvez os desassossegos de um Povo do Mundo que vive, sobrevive, viaja, e regressa, descobre e é descoberto, pelos vícios e virtudes da vivência e da sobrevivência nesta nossa caverna, cujas singularidades permitirão fazer respeitar as suas pluralidades. (…).

Não há um futuro para Lisboa. Há Lisboa do Futuro. Só assim se construirá a grande obra … dos Futuros de Lisboa!

  • João Barreta é especialista em gestão do território e especialista em Urbanismo Comercial .

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